Preços da soja se recuperam em setembro no Brasil, com clima seco atrasando plantio

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Crédito: Freeimages

Porto Alegre, 27 de setembro de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve um mês de setembro de recuperação dos preços domésticos e de uma melhora na comercialização. Os ganhos internos foram determinados pelos ganhos nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A queda do dólar limitou a melhora nas condições de comercialização.

A saca de 60 quilos subiu de R$ 131,00 para R$ 135,00 durante o mês, na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 128,00 para R$ 139,00. Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 127,00 para R$ 131,00.

No Porto de Paraguá, a saca também subiu no período, passando de R$ 133,00 para R$ 142,00. Os prêmios, em geral, se mantiveram firmes e positivos.

Os contratos futuros com vencimento em novembro, os mais negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), apresentaram valorização de 4,4%, cotados a US$ 10,44 por bushel na manhã da sexta, 27. Preocupações climáticas foram determinantes para a recuperação, mesmo que a perspectiva ainda seja de ampla oferta mundial da oleaginos.

Nos Estados Unidos, as lavouras estão em fase de colheita. Problemas pontuais com clima trouxeram dúvidas sobre o potencial produtivo, ainda que todas as previsões indiquem safra recorde no segundo maior produtor de soja do mundo.

No Brasil, o plantio teve início com atraso em setembro. Há preocupação com o clima seco em boa parte da região produtora. Além de atrasar a semeadura, há temor de comprometimento nos rendimentos. Mesmo que seja ainda muito cedo para avaliar as possíveis perdas e diante de previsões otimistas sobre o tamanho da produção.

O câmbio foi o fator de limitação para a melhora nas condições de mercado. Durante setembro, a moeda americana apresentou uma desvalorização de 3,4%, sendo cotada a R$ 5,4423 na manhã da sexta. O início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pesou sobre o câmbio. Ainda assim , os atuais patamares dão competitividade à soja brasileira.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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