Preços da soja devem subir no Brasil, acompanhando Chicago

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    Porto Alegre, 13 de agosto de 2021 – Os preços da soja deverão subir nesta sexta nas principais praças do país, acompanhando a elevação dos contratos futuros em Chicago e apesar do recuo do dólar. A movimentação tende a seguir restrita, com o produtor retraído.

     Os preços a quinta entre estáveis e mais altos, em dia de movimentação moderada e muitas oscilações. O mercado acompanhou o vai-e-vem de Chicago. As cotações iniciaram o dia estáveis e subiram com a alta de Chicago pós USDA. Depois os contratos futuros voltaram e os preços domésticos também.

     SAFRAS identificou alguns negócios durante o melhor momento de Chicago, envolvendo 20 mil toneladas em Minas Gerais e outros 5 mil no Mato Grosso do Sul.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 167,50. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 166,50. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 170,50.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 166,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 170,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 173,00 para R$ 174,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 160,00. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 169,00 para R$ 170,00.

     O SAFRAS CTDI, índice de preço de soja do Brasil no mercado físico, calculado por SAFRAS & Mercado e pela China TickData, está em 225,50 pontos, com ganho de 0,41% sobre o dia anterior.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram valorização de 1,04% neste momento, cotado a US$ 13,55 por bushel.

* O mercado busca suporte no corte na safra norte-americana, além da boa demanda pela soja do país.

USDA

* O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,339 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 118,08 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,360 bilhões ou 118,66 milhões. Em julho, a indicação era de 4,420 bilhões de bushels ou 120,3 milhões de toneladas.

* A produtividade foi cortada de 50,8 bushels por acre para 50 bushels, enquanto o mercado estimava 50,3 bushels por acre.

 * Os estoques finais estão estimados em 155 milhões de bushels ou 4,22 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 151 milhões ou 4,11 milhões de toneladas. A previsão não se alterou na comparação com o relatório de julho.

* O USDA indicou esmagamento em 2,205 bilhões de bushels e exportação de 2,055 bilhões. Em julho, os números eram de 2,225 bilhões e 2,075 bilhões, respectivamente.

* Em relação à temporada 2020/21, o USDA elevou a previsão para os estoques de passagem de 135 milhões de bushels para 160 milhões – de 3,67 milhões para 4,54 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 147 milhões de bushels ou 4 milhões de toneladas.

PREMIOS

* Os prêmios de exportação da soja estiveram em 130 a 140 pontos acima de Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para agosto. Para setembro, o prêmio era de 142 a 147 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 13 a 17 acima.

* Às voltas com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o dia foi calmo, com registro de escassos negócios na exportação. Sem demanda, os prêmios recuaram, ainda que a ausência de vendas por parte dos produtores contenha parte da pressão.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,28% a R$ 5,238. O Dollar Index registra perda de 0,24% a 92,81 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,24%. Tóquio, -0,14%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,35%. Londres, +0,39%.

* O petróleo opera em baixa. Setembro do WTI em NY: US$ 68,90 o barril (-0,27%).

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Resultado financeiro da Cosan, após o fechamento do mercado.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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