Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024 – O mercado físico do boi gordo registrou preços mistos ao longo da semana. Segundo o analista da Consultoria SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, após a queda das indicações, os frigoríficos em São Paulo têm conseguido realizar compras, mantendo as escalas de abate confortáveis. No Mato Grosso os preços ainda estão firmes, com potencial para alguma alta em meio a boa demanda por animais padrão China.
“Mais uma vez é importante mencionar que a demanda por proteínas de origem animal está enfraquecida neste início de ano, algo compreensível diante da sazonalidade para este período do ano em que a população costuma estar descapitalizada”, assinalou Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 18 de janeiro:
* São Paulo (Capital) – R$ 250,00 a arroba, contra R$ 245,00 a arroba em 11 de janeiro, caindo 2%.
* Goiás (Goiânia) – R$ 235,00 a arroba, ante R$ 240,00 a arroba (-2,08%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 250,00 a arroba, contra R$ 240,00 a arroba (+4,17%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 235,00 a arroba, ante R$ 230,00 a arroba (+2,17%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 214,00 a arroba, ante R$ 211,00 a arroba (+1,42%).
Atacado
O mercado atacadista apresentou preços em queda para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda das indicações, em especial dos cortes do traseiro bovino, menos demandados em um momento de descapitalização da população. As despesas inerentes a esse período impactam nas decisões de consumo familiar. A prioridade é por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, embutidos e do ovo”, comentou Iglesias. Na última quinta-feira (18) , o quarto traseiro foi precificado a R$ 18,70 por quilo.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 393,183 milhões em janeiro (9 dias úteis), com média diária de US$ 43,709 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 86,833 mil toneladas, com média diária de 9,648 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.528,00.
Em relação a janeiro de 2023, houve alta de 23,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 32,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,5% no preço médio.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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