Porto Alegre, 29 de julho de 2022 – O mercado físico de boi gordo teve preços mais baixos ao longo de julho, devolvendo boa parte da alta registrada em junho. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mês foi caracterizado pela queda dos preços da arroba em função da fraca demanda doméstica para a carne bovina, associada com um avanço das escalas de abate, com as indústrias frigoríficas indicando para a entrada de animais negociados na modalidade à termo, o que favoreceu a uma posição mais confortável.
Os frigoríficos ainda sinalizam para uma posição de relativo conforto nas escalas de abate durante a virada de julho para agosto. No entanto, a demanda de carne bovina vai ficar mais aquecida no início de agosto, o que deve pode motivar altas dos preços do boi gordo em grande parte do país.
“O adicional de demanda de carne bovina proporcionado pelo Dia dos Pais é o fator que justifica maior otimismo em relação a primeira quinzena de julho. As exportações permaneceram em ótimo nível durante julho, principalmente no que diz respeito a receita, fazendo com que os animais que cumprem os requisitos de exportação para o mercado chinês carregassem ágio de até R$ 30 em relação a animais que foram destinados ao mercado doméstico”, assinalou.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 28 de julho:
* São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, ante R$ 330,00 na comparação com o dia 30 de junho, caindo 4,55%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 290,00 a arroba, contra R$ 320,00 (-9,4%).
* Goiânia (Goiás) – R$ 285,00 a arroba, contra R$ 305,00 (-6,56%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 285,00 a arroba, contra R$ 300,00 (-5%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 290,00 a arroba, ante R$ 295,00, queda de 1,7%.
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 858,101 milhões em julho (16 dias úteis), com média diária de US$ 53,631 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 129,670 mil toneladas, com média diária de 8,104 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.617,00.
Em relação a junho de 2021, houve ganho de 31% no valor médio diário da exportação, baixa de 7,7% na quantidade média diária exportada e valorização de 21,6% no preço médio.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA