Porto Alegre, 28 de março de 2025 – O mercado internacional de açúcar teve um mês de preços firmes em março, depois da disparada em fevereiro, ainda em modo de correção após atingir mínimas de cinco meses em janeiro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado internacional, os contratos com entrega em maio do açúcar bruto fecharam a sessão do dia 27 de março a 19,09 centavos de dólar por libra-peso, ante 18,52 centavos em 28 de fevereiro, uma alta de 3%.
O mercado foi puxado por notícias pessimistas em relação à safra da Índia, segunda maior produtora mundial de açúcar, e pela valorização do real ante o dólar, um fator que desestimula as exportações do maior produtor mundial de açúcar. O clima mais seco no final do verão no Centro-Sul do Brasil também alimentou preocupações em relação ao potencial produtivo da principal região canavieira do País. A safra 2025/26 da região inicia oficialmente no dia primeiro de abril.
Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), a produção de açúcar nos primeiros quinze dias de março totalizou apenas 52,0 mil toneladas, registrando queda de 19,10% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (64,3 mil toneladas). Já no acumulado desde o início da safra até 16 de março, a fabricação do adoçante alcançou 39,98 milhões de toneladas, contra 42,24 milhões de toneladas do ciclo anterior (-5,34%).
Exportação brasileira diminui em março
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e outros melaços atingia US$ 43,524 milhões em março, com 13 dias úteis, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) até o dia 23. Já o volume médio diário de exportações chega a 96,649 mil toneladas no mês. Foram exportadas 1.178.436 toneladas de açúcar em março, com receita de US$ 565,816 milhões, a um preço médio de US$ 480,1 por tonelada.
Na comparação com a média diária de março de 2024, de US$ 69,840 milhões, há queda de 37,7% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar em março de 2025. Em volume, há recuo de 32,2% ante as 133,783 mil toneladas diariamente embarcadas em março de 2024. Já o preço médio caiu 8%, ante os US$ 522,0 por tonelada verificados em março de 2024.
Fabio Rubenich – fabio@safras.com.br (Safras News)
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