Porto Alegre, 17 de abril de 2020 – O mercado brasileiro de algodão seguiu se reaproximando da paridade de exportação ao final da terceira semana de abril. Nesta quinta-feira (16), mesmo com o dólar e a Bolsa da Nova York em alta, as cotações domésticas recuaram.
A indicação média nas indústrias de São Paulo ficou em R$ 2,79 por libra-peso, com queda de 0,5% em relação ao dia anterior e no menor patamar desde o último dia 27 de janeiro. Comparado ao mesmo período do mês e do ano passado, acumula quedas de 4,6% e de 3,9%, respectivamente.
No FOB exportação do Porto de Santos, a indicação ficou em 53,480 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), valor 0,9% acima do contrato de maior liquidez (jul/20) negociado na Bolsa de Nova York (Ice Futures US). Há uma semana, era 4,3% superior.
Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, a tendência é que o mercado comece a precificar um cenário de encolhimento da demanda, tanto no Brasil quanto no exterior, e de uma temporada (2020/21) que deve contar com a maior oferta de algodão da história brasileira. “Os estoques de passagem são estimados em 464 mil toneladas, que somados a uma produção de 2,865 milhões de toneladas, geram um montante de 3,329 milhões de toneladas, contra 3,306 milhões de toneladas da temporada 2019/20”, destaca.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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