Porto Alegre, 8 de abril 2022 – O mercado brasileiro de suínos encerra a primeira semana de negócios de abril ainda fragilizado, muito embora tenham sido registradas melhoras de preço do quilo vivo em alguns estados, como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. “O desequilíbrio entre o quadro de oferta e a demanda impediu uma reação dos preços em todo o país”, pontua o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
A entrada de salários na economia tende ajudar o consumo na quinzena. No entanto, após mais uma semana de queda nos cortes, Maia sinaliza que altas consistentes de preços não devem ocorrer até que ocorra um enxugamento contundente da disponibilidade doméstica. “O ganho de atratividade da carcaça suína frente ao frango congelado também pode ajudar o escoamento no período”, afirma.
Para Maia, os grandes prejuízos têm levado os granjeiros a acelerarem a intenção de venda dos animais, considerando que a cada dia a mais na propriedade o rombo financeiro cresce. Contudo, tal medida acaba por manter o mercado ofertado e pressionado, impedindo uma recuperação plena das cotações. “O alento na semana é que o preço do milho seguiu em queda, muito embora não a ponto de trazer melhoras nas margens da atividade, que seguem deterioradas”, analisa.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 0,44% na semana, passando de R$ 5,03 para R$ 5,05. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado baixou 0,97%, de R$ 9,27 para R$ 9,19. A carcaça teve declínio de 1,34%, passando de R$ 7,94 para R$ 7,83.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 101,00 para R$ 110,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,05. No interior do estado a cotação continuou em R$ 4,90.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 4,75 para R$ 4,80. No Paraná o quilo vivo baixou de R$ 4,95 para R$ 4,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande prosseguiu em R$ 4,60, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço retrocedeu de R$ 5,30 para R$ 5,20. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 5,45 para R$ 5,80. No mercado independente mineiro, o preço mudou de R$ 5,55 para R$ 5,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 4,60 para R$ 4,55. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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