Preço do suíno cede com lenta reposição entre atacado e varejo

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     Porto Alegre, 17 de janeiro de 2010 – O mercado brasileiro de carne suína registrou preços mais baixos para o quilo vivo ao longo da semana.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a reposição entre atacado e varejo evoluiu de maneira calma, com os agentes de mercado mais cautelosos nas negociações, avaliando o arrefecimento da demanda, buscando uma melhor administração dos estoques. “No curto prazo a demanda tende a seguir sentindo o efeito da descapitalização das famílias, que contam agora com despesas e gastos adicionais, além de pagamento de impostos, característicos de um início de ano”, pontua.

     Com a menor demanda interna, um alto fluxo de exportações será fundamental para o ajuste da disponibilidade e equilíbrio dos preços domésticos no curto prazo. Maia afirma que a expectativa continua positiva para as exportações, avaliando os ótimos números divulgados pela SECEX. “Também há otimismo quanto à continuidade de atuação intensa da China nas importações, devido à grande lacuna de oferta em seu mercado, consequência da peste suína africana”, pontua.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 5,31 para R$ 5,27, baixa de 0,62%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 0,91%, de R$ 9,34 para R$ 9,29. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,88, queda de 2,13% ante os R$ 9,08 praticados na semana anterior.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 63,5 milhões em janeiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 9,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 23,3 mil toneladas, com média diária de 3,3 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.730,10.

     Em relação a dezembro, houve alta de 11,3% na receita média diária, ganho de 5,8% no volume diário e avanço de 5,1% no preço. Na comparação com janeiro de 2019, houve aumento de 137,3% no valor médio diário exportado, ganho de 74,6% na quantidade média diária e elevação de 35,9% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo ao longo da semana baixou de R$ 121,00 para R$ 118,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,20. No interior do estado a cotação continuou em R$ 5,60.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 4,30. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 5,75 para R$ 5,70. No Paraná o quilo vivo continuou em R$ 5,70 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,20 para R$ 4,15.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 4,30, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 4,50. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 6,30 para R$ 6,20. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno teve queda de R$ 6,40 para R$ 6,30. No mercado independente mineiro, o preço recuou de R$ 6,50 para R$ 6,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis avançou de R$ 4,80 para R$ 4,85. Já na integração do estado a cotação seguiu em R$ 4,10.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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