Porto Alegre, 25 de março de 2022 – Refletindo o ajuste no alojamento de pintos de corte realizado em janeiro, o preço do quilo vivo do frango vivo segue subindo nas principais praças de comercialização do Brasil. O mesmo acontece com as cotações dos cortes negociados no atacado.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado apresentou expressiva alta no decorrer da semana e o quilo vivo estabeleceu um patamar de preço recorde em São Paulo. “A oferta mais ajustada e a demanda aquecida no mercado doméstico e na exportação contribuíram para o avanço nas cotações. Ainda há espaço para novos aumentos no curto prazo, o que ajuda a atenuar um pouco o cenário de custos de nutrição ainda elevados”, pontua.
No atacado, Iglesias ressalta que mesmo em um período pautado por uma menor reposição para o varejo, a tendência também é de novos aumentos, uma vez que a carne de frango conta com a preferência do consumidor médio, considerando a conjuntura macroeconômica delimitada deste ano.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram variações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 8,70 para R$ 9,00, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 7,30 e o quilo da asa de R$ 9,95 para R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito mudou de R$ 8,90 para R$ 9,20, o quilo da coxa de R$ 7,20 para R$ 7,50 e o quilo da asa de R$ 9,05 para R$ 10,30.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de preços modificados durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 8,80 para R$ 9,10, o quilo da coxa de R$ 7,10 para R$ 7,40 e o quilo da asa de R$ 10,05 para R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,00 para R$ 9,30, o quilo da coxa de R$ 7,30 para R$ 7,60 e o quilo da asa de R$ 10,15 para R$ 10,40.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 464,882 milhões em março (13 dias úteis), com média diária de US$ 35,760 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 259,567 mil toneladas, com média diária de 19,966 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.791,00.
Em relação a março de 2021, houve alta de 49,8% no valor médio diário, ganho de 25,3% na quantidade média diária e avanço de 19,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo avançou de R$ 5,60 para R$ 6,30. Em São Paulo o quilo subiu de R$ 5,70 para R$ 6,50.
Na integração catarinense a cotação do frango mudou de R$ 4,50 para R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 5,10 para R$ 5,80. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 5,50 para R$ 6,00.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 5,50 para R$ 6,15. Em Goiás o quilo vivo avançou de R$ 5,60 para R$ 6,20. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 5,50 para R$ 6,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 5,80 para R$ 6,50. No Ceará a cotação do quilo seguiu em R$ 5,60 e, no Pará, o quilo vivo subiu de R$ 5,80 para R$ 6,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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