Preço do frango sobe em agosto, com repasse de custos

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     Porto Alegre, 28 de agosto de 2020 – O mercado brasileiro de carne de frango vai fechando a última semana de negócios de agosto com preços mais altos para o frango vivo e para os cortes congelados negociados no atacado e na distribuição.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias sinaliza que os elevados custos da nutrição animal acabaram levando a um repasse aos preços ao longo da cadeia, uma vez que o milho e o farelo de soja em elevação apertaram as margens de lucratividade da atividade. “Há também uma expectativa de novos ajustes nas cotações ao longo da primeira quinzena de setembro, com a entrada de salários atuando como um relevante motivador da demanda”, sinaliza.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo de agosto. O quilo do peito no atacado passou de R$ 5,00 para R$ 5,15, o quilo da coxa de R$ 5,10 para R$ 5,40 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 11,25. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25, o quilo da coxa de R$ 5,20 para R$ 5,50 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 11,50.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações nos preços durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 5,10 para R$ 5,25, o quilo da coxa de R$ 5,20 para R$ 5,50 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 11,35. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,35, o quilo da coxa de R$ 5,30 para R$ 5,60 e o quilo da asa de R$ 10,30 para R$ 11,60.

     Iglesias salienta ainda que o ritmo dos embarques permanece satisfatório em agosto, com a China ainda comprando bons volumes de proteína animal brasileira. As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 333,557 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ 22,237 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 252,776 mil toneladas, com média diária de 16,851 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.319,60.

     Na comparação com agosto de 2019, houve baixa de 11,87% no valor médio diário, avanço de 10,82% na quantidade média diária e retração de 20,48% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 3,70 para R$ 3,90. Em São Paulo o quilo vivo passou de R$ 3,65 para R$ 3,80.

     Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 3,00 para R$ 3,10. No oeste do Paraná o preço na integração aumentou de R$ 3,50 para R$ 3,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 3,40 para R$ 3,60.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango passou de R$ 3,65 para R$ 3,80. Em Goiás o quilo vivo aumentou de R$ 3,65 para R$ 3,85. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 3,65 para R$ 3,85.

     Em Pernambuco, o quilo vivo avançou de R$ 4,45 para R$ 4,65. No Ceará a cotação do quilo vivo aumentou de R$ 4,40 para R$ 4,65 e, no Pará, o quilo vivo subiu de R$ 4,50 para R$ 4,75.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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