Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2022 – O mercado brasileiro de frango voltou a registrar estabilidade para os preços do quilo vivo, enquanto no atacado houve declínio nos valores praticados em alguns cortes congelados e resfriados, em meio ao cenário de oferta ainda elevada frente à capacidade de demanda.
O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, sinaliza que a principal preocupação do setor no momento leva em conta a estrutura de custos de produção inflacionada, avaliando o recente comportamento dos preços do milho e do farelo de soja no mercado doméstico.
Apesar da queda verificada ao longo da semana, o analista indica que, para o curto prazo, ainda existe uma expectativa para um movimento de recuperação dos preços no atacado, tendo em vista a maior competitividade da carne de frango na comparação com as proteínas concorrentes.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram variações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 7,20, o quilo da coxa baixou de R$ 6,10 para R$ 6,00 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 9,25 para R$ 9,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,40, o quilo da coxa mudou de R$ 6,30 para R$ 6,20 e o quilo da asa caiu de R$ 9,50 para R$ 9,30.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também preços modificados durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 7,30, o quilo da coxa passou de R$ 6,20 para R$ 6,10 e o quilo da asa recuou de R$ 9,35 para R$ 9,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito se manteve em R$ 7,50, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 6,40 para R$ 6,30 e o quilo da asa foi reduzido de R$ 9,60 para R$ 9,40.
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 349,1 mil toneladas, volume que supera em 19,7% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, com 291,6 mil toneladas. O resultado das vendas de carne de frango no primeiro mês deste ano chegou a US$ 616,9 milhões, número 42% superior ao registrado em janeiro de 2021, com US$ 434,4 milhões.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,70. Em São Paulo o quilo continuou em R$ 4,90.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,10. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 5,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 4,60. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 4,80. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 4,70.
Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 4,80. No Ceará a cotação do quilo permaneceu em R$ 4,50 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,80.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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