Preço do arroz, enfim, mostra força no Rio Grande do Sul

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     Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022 – O mercado brasileiro de arroz mostrou força na penúltima semana de janeiro, em meio à maior procura por parte da indústria para a reposição de estoques. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do casca, enfim, rompeu a barreira de R$ 62,00 e encerrou cotada a R$ 63,74 no dia 27 de janeiro, alta de 1,46% em relação a semana passada. Também estava 2,27% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior e 28,66% inferior quando comparado ao mesmo momento do ano passado.

     A estiagem que assola o Rio Grande do Sul afeta o rendimento esperado para as lavouras de arroz na temporada 2021/22. “Já temos algumas perdas”, lamenta o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Rodrigo Machado, ao ser questionado pela Agência SAFRAS, durante o lançamento à imprensa da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. “Mas ainda não é adequado dar um parecer definitivo sobre a produtividade”, frisa.

     Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, em duas ou três semana será possível ter uma clareza maior da situação com a seca no estado. “É claro que não deveremos atingir os 9 mil quilos por hectare da safra passada”, pondera. Nesta temporada 2021/22, foram cultivados um pouco mais de 950 mil hectares no estado.

     Nesta quinta-feira, em relatório, a Emater estimou uma redução de 2% na produtividade gaúcha, mas ainda se mantendo ao redor de oito mil quilos por hectare. Há uma expectativa queda de produção mais expressiva nas regiões Oeste e Centro do Estado, onde a condição do tempo entre 16 e 23/01 foi muito desfavorável, com temperaturas extremamente elevadas, causando estresse nas plantas que pode afetar o número de grãos por panícula e diminuir a produtividade.

     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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