Preço do arroz brasileiro segue firme, mas dólar está no radar

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Porto Alegre, 4 de novembro de 2022 – O mercado brasileiro de arroz encerra a primeira semana de novembro com preços firmes, apesar da alta acumulada ter sido modesta. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou cotada a R$ 79,66 nesta quinta-feira, um avanço de 0,32% em relação a semana passada, 3,26% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior e 16,36% superior quando comparado ao mesmo período do ano de 2021.

Conforme o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, os agentes seguem observando as manifestações no país, com receio de novos bloqueios nas rodovias e aguardando uma mudança de cenário para retornar aos negócios. “O forte recuo do dólar após as eleições também continua no radar do mercado, reduzindo o ímpeto exportador”, ressalta. Nesta sexta-feira, perto do meio-dia, a moeda norte-americana caia quase 2%, se aproximando de R$ 5,02.

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Segundo a Emater gaúcha, dentro do período preferencial dos rizicultores, o processo de semeadura prosseguiu avançando rapida1mente, quando as condições de umidade nos terrenos permitiram. O índice alcançou 77%. As chuvas registradas no período favoreceram diretamente as lavouras semeadas em solo seco, que ainda não concluíram a emergência por falta de umidade. A elevação das temperaturas foi importante nesse processo.

No cenário internacional, destaque para a semeadura de arroz na Argentina na temporada 2022/2023, que está estimada em 83% até o dia 3 de novembro, informou o Ministério da Agroindústria da Argentina. Em igual período do ano passado, o plantio já estava em 87%. Na semana anterior, o percentual era de 75%. A área para 2022/23 está projetada em 204,270 mil hectares, ante 205,550 mil hectares na temporada anterior.

A produção mundial de arroz em 2022/23 deverá totalizar 512,6 milhões de toneladas, contra 525,1 milhões do ano anterior. A estimativa faz parte do relatório de novembro do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais. A previsão anterior era de 512,8 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de 505 milhões. O Conselho Internacional de Grãos indica safra de 507,8 milhes de toneladas.

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     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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