Plano Safra para pecuária está mais focado no pequeno e médio produtor – SAFRAS

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     Porto Alegre, 23 de junho de 2021 – O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, destacou alguns pontos relativos ao Plano Agrícola e Pecuário 2021/22, lançado ontem pelo governo federal.

     Segundo ele, o Plano Safra, essencial para fomentar o agronegócio brasileiro, está focando ainda mais o pequeno e o médio produtor, com destaque também para a sustentabilidade. “Dentro do possível, o plano foi bem estruturado e deve contemplar as necessidades do setor. O contraponto ficou foi a elevação da taxa de juros, muito embora com as mudanças na taxa Selic a medida acabou sendo necessária”, afirma.

     O Plano Safra 2021/2022, contará com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O valor reflete um aumento de R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao Plano anterior. O Tesouro Nacional destinou R$ 13 bilhões para a equalização de juros. Os financiamentos poderão ser contratados de 1 de julho de 2021 a 30 de junho de 2022.

     Do total, R$ 177,78 bilhões serão destinados ao custeio e

comercialização e R$ 73,4 bilhões serão para investimentos. Os recursos

destinados a investimentos tiveram aumento de 29%.

Pequenos produtores

     Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 19%. Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 3% e 4,5%. Desse valor, R$ 21,74 bilhões são para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos.

     Entre as novidades do Plano Safra deste ano está o fortalecimento do Pronaf Bioeconomia, com a inclusão de financiamento para Sistemas Agroflorestais, construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes e projetos de turismo rural que agreguem valor a produtos e serviços da sociobiodiversidade.

     Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 34 bilhões, um aumento de 3% em relação à safra passada. São R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização e R$ 4,88 bilhões para investimento, com juros de até 6,5% ao ano.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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