PIB da Eurozona deve crescer 0,9% e inflação deve ficar em 5,6% em 2023, diz comissão

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Porto Alegre, 15 de maio de 2023 – A Comissão Europeia divulgou nesta segunda-feira sua Previsão Interina de Inverno, que eleva as perspectivas de crescimento econômico na União Europeia (UE) e na Eurozona, ao mesmo tempo em que reduz ligeiramente as projeções de inflação.

Segundo o relatório, o crescimento estimado para 2022 é de 3,5% tanto na UE quanto na Eurozona. Para 2023, prevê-se um crescimento de 0,8% e, em 2024, de 1,6% na UE e 0,9% e 1,5% na Eurozona, respectivamente.

Quanto à inflação, espera-se uma redução de 9,2% em 2022 para 6,4% em 2023 e 2,8% em 2024 na UE. Na Eurozona, projeta-se uma desaceleração de 8,4% em 2022 para 5,6% em 2023 e 2,5% em 2024.

Apesar dos desafios enfrentados, a economia da UE registrou uma série de desenvolvimentos positivos nos últimos meses, aponta a Comissão. O preço de referência europeu do gás caiu abaixo do nível anterior à guerra na Ucrânia, beneficiando-se da queda no consumo de gás e da diversificação contínua das fontes de abastecimento. A resiliência das famílias e das empresas tem sido impressionante, apesar do choque energético e da inflação elevada.

Os mercados de trabalho também apresentaram um desempenho sólido, com a taxa de desemprego na UE permanecendo em sua mínima histórica de 6,1% em dezembro. Além disso, a queda nas taxas de inflação nos últimos três meses confirma que o pico inflacionário está atrasado em relação à última projeção.

No entanto, a economia do bloco ainda enfrenta desafios significativos, diz a Comissão. Segundo o relatório, o núcleo da inflação aumentou ainda mais em janeiro, e consumidores e empresas continuam enfrentando altos custos de energia. Com mais de 90% dos principais itens do índice de preços aumentando acima da média, as pressões inflacionárias continuam a aumentar.

Isso exige que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha sua política monetária apertada, o que pode exercer pressão sobre o investimento. A fraqueza no consumo também deve persistir no curto prazo, uma vez que a inflação continua superando o crescimento dos salários nominais. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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