Porto Alegre, 18 de abril de 2022 – Os preços do petróleo fecharam em alta, com interrupções na Líbia aprofundando as preocupações com a oferta global apertada em meio à crise na Ucrânia, o que compensou os temores de desaceleração da demanda chinesa.
Somando-se às pressões de fornecimento das sanções à Rússia, a National Oil Corp da Líbia alertou que “uma onda dolorosa de interrupções” começou a atingir suas instalações e declarou força maior no campo petrolífero de Al-Sharara e outros locais.
Limitando os preços estava a preocupação com a demanda de energia na China, cuja economia desacelerou em março, tirando o brilho dos números de crescimento do primeiro trimestre e piorando uma perspectiva já enfraquecida pelas restrições da covid-19.
Os dados divulgados também mostraram que a China refinou 2% menos petróleo em março do que no ano anterior, com a produção caindo para o menor nível desde outubro, já que o aumento nos preços do petróleo apertou as margens e os bloqueios prejudicaram a demanda.
“Ainda há alguma confusão em relação aos bloqueios, então isso resulta em sinais mistos vindo da China e isso trouxe muita volatilidade esta manhã”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
Perdas de fornecimento mais profundas estão se aproximando. A produção russa caiu 7,5% na primeira quinzena de abril em relação a março, informou a Interfax na sexta-feira, e os governos da União Europeia disseram na semana passada que o executivo do bloco estava elaborando propostas para proibir o petróleo russo.
Esses comentários vieram antes de uma escalada na guerra na Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram que mísseis atingiram Lviv e explosões abalaram outras cidades enquanto as forças russas continuavam seus bombardeios depois de reivindicar o controle quase total do porto de Mariupol.
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para maio subiu 0,37%, cotado a US$ 108,21 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para junho avançou 0,74%, cotado a US$ 113,16 o barril.
Com informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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