São Paulo, 8 de outubro de 2025 – A Petrobras realizará entrevista coletiva nesta quarta-feira (08/10), 15h, em sua sede, em Salvador (BA), para detalhar a retomada dos investimentos da companhia na Bahia, que envolve encomendas ao setor naval baiano e a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-BA). Ao todo serão investidos mais R$ 2,6 bilhões no estado.
Participarão da entrevista a presidente da Petrobras, Magda Chambriard; o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser; o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci; e outros executivos da companhia.
Agenda com presidente Lula
Na quinta-feira (09/10), a partir das 15h, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estará presente em uma cerimônia no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, acompanhado de Magda Chambriard, para anunciar os investimentos e celebrar contrato de construção de embarcações no Estaleiro Enseada e o retorno das atividades da Fábrica de Fertilizantes e Nitrogenados (FAFEN) da Bahia.
No evento, também será assinado um protocolo de intenções para realização de estudos de viabilidade para a utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu como área para acostamento de plataformas em processo de descomissionamento.
O Palácio do Planalto informou que o presidente Lula vai anunciar encomendas ao setor naval baiano e a reabertura da Fafen no evento desta quinta-feira (9). Na ocasião, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) fará o anúncio de investimento de R$ 611,7 milhões para a construção de 80 embarcações destinadas à expansão das atividades no setor naval e aquaviário. Desse total, R$ 550,5 milhões serão recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O financiamento tem potencial de gerar mais de 2 mil empregos diretos. Até o momento, foram construídas quatro embarcações e outras três estão em fabricação.
O Fundo da Marinha Mercante é uma iniciativa do Governo do Brasil para incentivar a indústria de construção naval brasileira. Financia a renovação da frota e a reparação de embarcações.
Petrobras assina contratos de R$ 9,6 bi do projeto Refino Boaventura e para novas embarcações de apoio a sistemas submarinos
A Petrobras disse que concluiu, na sexta-feira (3/10), a assinatura de cinco contratos de serviços para a construção das unidades que compõem o Projeto Refino Boaventura, marco na modernização do parque de refino da companhia. No total, os contratos totalizam R$ 9,6 bilhões e preveem a construção de duas unidades inéditas em refinarias da Petrobras, segundo comunicado divulgado pela empresa nesta quarta-feira (8).
As unidades inéditas são a de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), para produção de lubrificantes de Grupo II; e o Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), produtor de diesel S-10 e QAV.
O projeto propiciará a integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), ampliando a produção de derivados de maior valor agregado e baixo teor de enxofre, como diesel S-10 e lubrificantes de Grupo II – aumentando a oferta de produtos mais sustentáveis, alinhada à estratégia de transição energética da companhia.
Com o Projeto Refino Boaventura, a Petrobras expandirá significativamente sua capacidade de refino no estado do Rio de Janeiro, com incremento de 76 mil barris/dia de diesel S-10, 20 mil barris/dia de Querosene de Aviação (QAV) e 12 mil barris/dia de lubrificantes Grupo II, que possuem baixo teor de enxofre e melhor desempenho e durabilidade em diversas aplicações automotivas e industriais. O projeto deverá gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico da obra.
Novas embarcações reforçam operações submarinas e indústria naval A Petrobras também formalizou o afretamento de quatro embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), destinadas ao apoio de operações submarinas, em contratos que somam R$ 10,2 bilhões.
A contratação das embarcações foi realizada por processo licitatório iniciado em outubro de 2024. As unidades serão construídas no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), com previsão de entrega entre 2029 e 2030.
O projeto requer no mínimo 40% de conteúdo local na fase de construção e 60% na operação, porém a BRAM, empresa contratada para o afretamento, planeja contribuir com o projeto com conteúdo local estimado de até 80% na construção e até 90% na operação.
Estes contratos fortalecem a cadeia de fornecedores nacionais, ampliando a participação da indústria brasileira na execução e manutenção das embarcações. Ao todo, deverão ser gerados mais de 1.500 empregos diretos e 5.400 mil indiretos entre as fases de obras e operação.
Embarcações
As embarcações do tipo RSVs atuarão na inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos com uso de veículos operados remotamente (ROVs), reforçando a eficiência e a segurança operacional da companhia.
As novas embarcações também trarão soluções inovadoras nos sistemas de propulsão, com tecnologia de geração híbrida, além da possibilidade de operar com consumo de etanol. As tecnologias contribuem para reduzir as emissões de poluentes e o consumo de combustível, com ganhos de eficiência superiores a 30%.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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