Pesquisa sobre arroz de baixo carbono é apresentada a extensionistas do Irga

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Porto Alegre, 11 de setembro de 2024 – Equipe de extensionistas do Irga acompanhou, na tarde de quinta-feira (5), a apresentação do questionário que foi desenvolvido para tabular informações junto a produtores rurais sobre o balanço de gases de efeito estufa na produção de arroz irrigado no RS. O estudo foi planejado e aplicado em uma parceria da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, da autarquia de orizicultores. O relato ocorreu na sede administrativa da autarquia, no bairro Navegantes, em Porto Alegre.

Coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+ RS, o pesquisador Jackson Brilhante apresentou os resultados do projeto. “Neste trabalho, os produtores responderam a um questionário relacionado ao manejo do solo na lavoura arrozeira com o objetivo de gerar indicadores de eficiência produtiva para eles, promover a qualificação do selo ambiental e identificar oportunidades de melhoria dentro dos sistemas de produção de arroz irrigado”, explicou.

Segundo Brilhante, cerca de 160 produtores em diferentes regiões do Estado participaram da pesquisa. “De uma maneira geral, observamos que os produtores que adotaram o preparo antecipado apresentaram os melhores indicadores relacionados à redução de emissão de gases de efeito estufa e com boa produtividade.”

O pesquisador contou que os resultados demonstram que as tecnologias que reduzem as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) também promovem as maiores produtividades para o produtor de arroz. “Este trabalho foi um piloto onde consideramos apenas as emissões de GEE relacionadas ao manejo. Nesta próxima safra, vamos repetir o trabalho e incluir a avaliação de carbono do solo para de fato conseguir estimar o balanço de gases de efeito estufa na lavoura de arroz”, destacou Brilhante.

Por sua vez, a pesquisadora do Irga, especialista em balanço de gases do efeito estufa em sistemas de produção de terras baixas, Mara Grohs, afirmou que o projeto, realizado através da equipe de extensionistas do Instituto, foi de grande impacto para estimar as emissões de gases relacionados à lavoura de arroz do Estado.

“Já sabíamos que a maioria dos produtores de arroz utiliza práticas mitigadoras, como o preparo antecipado do solo, mas esse trabalho vem como mais uma ferramenta na geração de informações sobre a produção brasileira de arroz”, disse Mara. “Esse trabalho nos possibilita medir quanto dessas práticas têm sido difundidas entre os agricultores e nos dá embasamento para posicionamento de mercado em nível internacional. Para o Rio Grande do Sul, que demonstra alta vulnerabilidade climática, práticas de manejo que tragam resiliência ao sistema de produção são fundamentais”, garantiu.

As informações são do Irga.

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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras News

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