Perdas do dólar e de Chicago travam mercado interno de soja

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     Porto Alegre, 18 de março de 2022 – O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de preços entre estáveis e mais baixos. Com Chicago e dólar acumulando desvalorização semanal, ainda que moderada, os produtores adotaram uma postura mais cautelosa, limitando a comercialização.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 213,00 para R$ 210,00. Em Cascavel (PR), o preço baixou de R$ 204,00 para R$ 201,00. Em Rondonópolis (MT) a cotação estabilizou em R$ 190,00. Em Paranaguá (PR), o preço baixou R$ 1,00 para R$ 206,00.

     Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em maio apresentaram desvalorização de 0,45%, fechando a quinta a US$ 16,68 ½ por bushel. O mercado acompanhou outras commodities e também foi pressionado por um movimento de realização de lucros.

     No câmbio, o dólar comercial tinha perda de 0,32% na semana até a quinta, quando fechou a R$ 5,037. O ingresso de recursos externos no Brasil segue pressionando a moeda americana frente ao real.

     Exportações

     As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 78 milhões de toneladas em 2022, abaixo dos 86,1 milhões indicados para 2021. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um recuo de 9% entre uma temporada e outra.

     No relatório anterior, divulgado no final de fevereiro, a previsão era de exportações de 80,5 milhões de toneladas.

     SAFRAS indica esmagamento de 47,5 milhões de toneladas em 2022 e de 46,5 milhões de toneladas em 2021. O aumento está projetado em 2%. Não houve alteração sobre a previsão de fevereiro. SAFRAS indica importações de 1 milhão de toneladas, com aumento de 16% sobre o ano anterior.

     Em relação à temporada 2022, a oferta total de soja deverá recuar 7%, passando para 131,86 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 129,1 milhões de toneladas, caindo 5% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão baixar 52%, passando de 5,8 milhões para 2,77 milhões de toneladas.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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