Porto Alegre, 14 de janeiro de 2022 – O mercado físico do boi gordo apresentou preços firmes nesta semana. Mesmo com uma frente confortável em suas escalas de abate, os frigoríficos encontram dificuldades em exercer pressão sobre o mercado, como avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. “Essa é uma consequência da boa capacidade de retenção que o pecuarista apresenta no decorrer do primeiro bimestre, com pastagens em ótimas condições no Centro-Norte do país”, diz.
“A cadência das negociações será uma constante no curto prazo, tanto que o mercado é menos fluído. Animais padrão China ainda carregam ágio de até R$ 15,00, em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, analisa Fernando Henrique Iglesias.
Em São Paulo, no interior do estado, os preços ficaram em R$ 342,00 a arroba. No triângulo mineiro negócios em R$ 337 a arroba. Em Goiânia, cotação avançou para R$ 327 a arroba.
No Mato Grosso do Sul, o boi gordo ficou posicionado em R$ 323/@ a prazo. No Mato Grosso, a arroba foi indicada em R$ 316 a arroba.
Exportações
As exportações totais de carne bovina em 2021 (incluindo produtos in natura e processados), apresentaram queda de 7% no volume e crescimento de 9% na receita em comparação com a movimentação de 2020, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.
Segundo a entidade, o país movimentou 1.867.594 toneladas em 2021 diante de 2.016.223 toneladas em 2020, ano de recorde na exportação. Graças a elevação do preço do produto nos mercados internacionais, no entanto, a receita subiu de US$ 8,485 bilhões em 2020 para US$ 9,236 bilhões em 2021.
A ABRAFRIGO também divulgou os números de dezembro das exportações totais. A movimentação no último mês do ano alcançou 151.593 toneladas contra 168.155 toneladas em 2020, queda de 10%. A receita obtida foi de US$ 726,6 milhões, contra US$ 741, 2 milhões em 2020, redução de 2%.
Embora tenha reduzido suas importações de 1.182.673 toneladas em 2020 para 950.057 toneladas em 2021, a China continua sendo o maior comprador da carne bovina brasileira, através da movimentação realizada pela cidade estado de Hong Kong e pelas compras realizadas pelo continente.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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