Porto Alegre, 22 de março de 2024 – O mercado físico do boi gordo apresentou poucas mudanças nas cotações da arroba durante a semana. O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, salienta que os frigoríficos tentaram realizar compras por preços mais baixos, em meio ao posicionamento confortável das escalas de abate, fechadas para dez dias úteis em média.
A situação ainda favorável das pastagens, por outro lado, ainda permite aos pecuaristas cadenciarem o ritmo dos negócios, mantendo os animais por mais tempo no campo, o que evita uma depreciação ainda maior nas cotações.
Iglesias sinaliza, entretanto, que ao longo do segundo trimestre de 2024 é esperada uma pressão maior de oferta de gado, com a perspectiva de piora nas condições das pastagens.
Os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 21 de março:
* São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, estável frente à semana passada.
* Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, inalterado em relação à última semana.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 220,00 a arroba, sem mudanças ante a semana passada.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, estável na comparação com a semana anterior.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 211,00 a arroba, baixa de 0,47% frente aos R$ 212,00 da última semana.
Atacado
Iglesias destaca que o mercado atacadista apresentou preços acomodados durante a semana, visto que há pouco espaço para reajustes em um período pautado pelo menor apelo ao consumo. Vale mencionar que a carne de frango segue mais competitiva se comparada às proteínas concorrentes.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,10 por quilo, recuo de 1,09% frente aos R$ 18,30 por quilo da semana passada. O quarto dianteiro foi cotado em R$ 14,00 por quilo, sem alterações frente à última semana.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 381,502 milhões em março (11 dias úteis), com média diária de US$ 34,682 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 84,673 mil toneladas, com média diária de 7,697 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.505,60.
Em relação a março de 2023, houve alta de 33,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 42,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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