Oferta restrita limita movimentação com soja no Brasil

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     Porto Alegre, 13 de julho de 2020 – A tendência é de um início de semana de poucos negócios no mercado brasileiro de soja. Chicago segue recuando, enquanto o dólar sobe. Há pouca oferta e os vendedores seguem retraídos, aguardando por preços ainda mais atrativos.

     O mercado travou nesta sexta-feira, com preços nominais nas principais praças do país. Na maioria, cotações mais baixas. Na primeira parte do dia, pouco foi negociado na expectativa em torno do relatório do USDA.

     Depois dos dados, na parte da tarde, o interesse do vendedor desapareceu, devido às perdas em Chicago. Com dólar também caindo, a comercialização travou.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 114,50 para R$ 113,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 114,00 para R$ 113,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 118,00 para R$ 117,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 109,00 para R$ 107,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 115,50 para R$ 113,50.

     Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 109,50. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 110,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 106,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram desvalorização de 0,98%, cotado a US$8,82 por bushel.

* O mercado estende as perdas registradas na sexta-feira, pressionado por chuvas consistentes e benéficas às lavouras no cinturão produtor norte-americano.

* Os preços atingem o menor patamar desde 1 de julho.

* Os dados do USDA, divulgados na sexta, e a tensão comercial entre China e Estados Unidos completam o cenário de pressão.

USDA

* O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,54 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de 4,125 bilhões ou 112,26 milhões. O mercado apostava em safra de 4,167 bilhões ou 113,4 milhões de toneladas.

* Os estoques finais estão estimados em 425 milhões de bushels ou 11,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 443 milhões ou 12,06 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 395 milhões de bushels – 10,75 milhões de toneladas.

* O USDA indicou esmagamento em 2,160 bilhões de bushels e exportação de 2,05 bilhões. Em junho, as projeções eram de 2,145 bilhões e 2,05 bilhões, respectivamente.

* A produção 2019/20 está estimada em 3,552 bilhões de bushels. Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 620 milhões de bushels, enquanto o mercado apostava em 589 milhões. No relatório anterior, o número era de 585 milhões. O esmagamento está estimado em 2,155 bilhões e as exportações em 1,65 bilhão de bushels.

* O relatório projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 362,52 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 362,85 milhões de toneladas.

* Os estoques finais estão estimados em 95,08 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 97,7 milhões de toneladas. Em junho, a previsão era de 96,34 milhões de toneladas.

* A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,54 milhões de

toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 131 milhões de

toneladas. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 96 milhões de toneladas.

* Para 2019/20, o USDA indicou safra de 337,14 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 99,67 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 99,5 milhões. A safra brasileira teve sua estimativa elevada de 124 milhões para 126 milhões de toneladas. O mercado previa número de 123,4 milhões.

* A safra argentina foi mantida em 50 milhões de toneladas, atendendo à expectativa do mercado. As importações chinesas foram elevadas de 94 milhões para 96 milhões de toneladas.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em 98 a 120 pontos acima de Chicago. Para agosto, o valor é de 110 a 130 pontos acima.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,63% a R$ 5,356.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +1,77%. Tóquio, +2,22%.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +1,42%; Frankfurt, +1,18%; Londres, +1,16%.

* O petróleo opera com perdas. Agosto do WTI em NY: US$ 40,08 o barril (-1,18%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,12%, a 96,54 pontos.

AGENDA

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– Balança comercial das duas primeiras semanas de julho – Ministério da Economia, 15hs.

– Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) realizará coletiva de imprensa virtual para apresentação do Relatório de Exportações de Café Brasileiro referente ao fechamento do Ano-Safra 2019/20, às 16hs.

– Condições das lavouras norte-americanas – USDA, 17hs.

—-Terça-feira (14/07)

– China: A balança comercial de junho será publicada na noite anterior pela alfândega.

– Japão: A leitura final da produção industrial de maio será publicada às 1h30 pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha: A versão revisada do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 3h pelo Destatis.

– Reino Unido: O índice de produção industrial de maio será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A balança comercial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Eurozona: A produção industrial de maio será publicada às 6h pela Eurostat.

– EUA: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado às 9h30 – Departamento do Trabalho.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

—–Quarta-feira (15/07)

– Japão: A decisão de política monetária será publicada na madrugada pelo Banco do Japão.

– Reino Unido: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de preços ao produtor de junho será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.

– A FGV divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referentes a julho.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em junho serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.

– A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) realizará coletiva de imprensa para tratar dos resultados do 1 semestre de 2020 da avicultura e da suinocultura, e as expectativa do setor para o ano de 2020, às 10h30min.

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– Esmagamento de soja dos Estados Unidos em junho – NOPA, a partir das 12hs.

– EUA: O Livro Bege, relatório com uma avaliação da situação econômica, será publicado às 15h pelo Federal Reserve.

– Estoques de café dos Estados Unidos em junho – GCA, 16hs.

—–Quinta-feira (16/07)

– China: A produção industrial de junho será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A taxa de desemprego do trimestre encerrado em maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Eurozona: A balança comercial de maio será publicada às 6h pela Eurostat.

– Eurozona: A decisão de política monetária será publicada às 8h45 pelo Banco Central Europeu (BCE).

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório mensal sobre as lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (17/07)

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 6h pela Eurostat.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Levantamento de intenção de plantio de arroz, algodão, feijão, milho e soja para 2020/21 – SAFRAS & Mercado, às 12hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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