Porto Alegre, 19 de agosto de 2022 – O mercado brasileiro registrou mais uma semana de bons negócios para o suíno, com uma oferta mais equilibrada. Os frigoríficos se mostraram ativos nas compras, principalmente nos dias que antecederam o Dia dos Pais, fator que garantiu suporte às cotações.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os suinocultores seguem apontando que o peso médio seguirá reduzido em várias localidades do Centro-Sul. O ponto de atenção é que a reposição entre atacado e varejo pode desacelerar no curto prazo, à medida que a população vai ficando descapitalizada, o que pode levar ao acirramento das tratativas do quilo vivo, dificultando novos reajustes.
Além disso, vale levar em conta também o movimento de queda da concorrente carne bovina no atacado, fator que pode acabar afetando negativamente os cortes suínos. “O custo de nutrição animal ainda é a grande preocupação dos granjeiros, pesando sobre as margens da atividade”.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país subiu 2,66% na semana, passando de R$ 6,32 para R$ 6,49. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 3,35%, de R$ 10,66 para R$ 11,01. A carcaça teve alta de 4,75%, passando de R$ 9,98 para R$ 10,46.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 115,295 milhões em agosto (10 dias úteis), com média diária de US$ 11,529 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 48,383 mil toneladas, com média diária de 4,838 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.382,90.
Em relação a agosto de 2021, houve alta de 29,9% no valor médio diário, ganho de 30,7% na quantidade média diária e baixa de 0,8% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 142,00 para R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo mudou de R$ 5,20 para R$ 5,30. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 6,45 para R$ 6,60.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração mudou de R$ 5,30 para R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,55 para R$ 6,65. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,45 para R$ 6,70 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 6,20 para R$ 6,50, enquanto na integração o preço subiu de R$ 5,20 para R$ 5,30. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 7,50 para R$ 7,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 7,70 para R$ 7,80. No mercado independente o preço avançou de R$ 7,80 para R$ 8,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis elevou-se de R$ 6,20 para R$ 6,45. Já na integração do estado o quilo vivo passou de R$ 5,20 para R$ 5,30.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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