Porto Alegre, 16 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína registrou mais uma semana de aquecimento nos preços. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a oferta de suínos vivos vem se se mostrando enxuta frente à demanda dos frigoríficos, fator que vem garantindo firmeza as cotações. “Além disso, os animais estão leves, o que também regula a oferta de carne no mercado doméstico”, comenta.
Maia sinaliza que outro ponto importante na formação dos preços neste momento é o custo de produção, em tendência de alta, acompanhando os preços do milho e do farelo de soja. “Tal cenário leva os granjeiros a buscarem correções dos preços para a manutenção das margens operacionais”, sinaliza.
O analista salienta ainda que o ritmo da exportação brasileiro se mostra bem aquecido, puxado pela demanda chinesa, o que ajuda a enxugar a disponibilidade interna. “Quanto à China, a expectativa é de continuidade de compras volumosas, considerando que o país ainda sofre uma grande lacuna de oferta gerada pela peste suína africana”, pontua.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 4,27% ao longo da semana, de R$ 7,00 para R$ 7,30. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 12,60 para R$ 12,77, aumento de 1,36%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 11,90, ante os R$ 11,50 praticados na semana passada, com valorização de 3,48%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 71,121 milhões em outubro (7 dias úteis), com média diária de US$ 10,16 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 30,57 mil toneladas, com média diária de 4,367 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.326,50.
Na comparação com outubro de 2019, houve avanço de 51,12% no valor médio diário exportado, ganho de 53,53% na quantidade média diária e queda de 1,57% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 160,00 para R$ 170,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,85 para R$ 5,00. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,60 para R$ 8,10.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração mudou de R$ 5,00 para R$ 5,20. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 8,00 para R$ 8,30. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 7,80 para R$ 8,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo avançou de R$ 5,20 para R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração subiu de R$ 5,20 para R$ 5,50, enquanto em Campo Grande o preço passou de R$ 6,80 para R$ 7,00. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 8,20 para R$ 8,30. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 8,50 para R$ 9,00. No mercado independente mineiro, o preço mudou de R$ 8,60 para R$ 9,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado mudou de R$ 4,90 para R$ 5,00. Já em Rondonópolis a cotação avançou de R$ 6,80 para R$ 7,10.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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