Oferta escassa e dólar alto sustentam preço interno do algodão

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Algodão

     Porto Alegre, 6 de maio de 2022 – Mesmo com a correção do algodão na Bolsa de Nova York no final desta primeira semana de maio, as cotações domésticas mostraram firmeza. “Além do dólar firme, a disponibilidade mais curta da pluma de boa qualidade e a necessidade da demanda local continuam dando suporte aos preços internos”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Carlos Barabach.

     No polo industrial de São Paulo, a indicação da fibra encerou o dia 5 de maio em R$ 7,60 por libra-peso. Em comparação ao mesmo período do mês passado, tinha uma valorização de 6,29% (R$ 7,06 c/lb). Ante igual momento do ano anterior, a alta era de 46,24% (R$ 5,13 c/lb).

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou o dia 5 com queda de 2,27%, cotado a 156,67 centavos de dólar por libra-peso. Ante o contrato julho/22 em Nova York, ficou 5,32% superior. Há uma semana, era de 7,5% mais alto. Há um mês, era de 18,5% mais elevado.

     As exportações brasileiras de algodão somaram 135,969 mil toneladas nos 19 dias úteis de abril, com média diária de 7,1 mil. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 306,627 milhões, com média de US$ 16,138 milhões. O preço médio é de US$ 2.255,10 por tonelada. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

     Em relação à igual período do ano anterior, houve recuo de 19,1% no volume diário exportado (8,849 mil toneladas diárias em abril de 2021). Já a receita diária teve elevação de 7,3% (US$ 15,042 milhões diários em abril de 2021).

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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