Oferta elevada e exportação lenta pressionam cotações no mercado suíno

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     Porto Alegre, 11 de dezembro de 2020 – O mercado brasileiro de suínos registrou mais uma semana de retração nos preços. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o viés segue negativo em meio ao quadro de oferta de animais, que segue apresentando excesso frente à demanda dos frigoríficos. “As indústrias seguem atuando de forma comedida nas negociações, avaliando a fraca reposição entre o atacado e o varejo, cenário atípico para este período do mês. Além disso, os frigoríficos relatam ter um bom posicionamento de estoques para atender o período de festas”, comenta.

     Outro ponto importante para pressionar os negócios, neste momento, é o ritmo das exportações, que se mostra mais lento neste início de dezembro, com uma postura mais retraída da China.

     Maia destaca que os custos de nutrição animal estão mais baixos nesta primeira quinzena de dezembro, consequência do recente comportamento de queda do milho e do farelo de soja no mercado doméstico. “Contudo, as margens dos granjeiros estão bastante pressionadas, dado o forte declínio dos preços do vivo, trazendo grande apreensão”, sinaliza.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil baixou 2,41% ao longo da semana, de R$ 6,95 para R$ 6,78. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado baixou 1,81%, de R$ 13,43 para R$ 13,19. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,90, queda de 7,72% frente à semana anterior, de R$ 11,81.

     As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 35,882 milhões em dezembro (4 dias úteis), com média diária de US$ 8,970 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 14,755 mil toneladas, com média diária de 3,688 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.431,90.

     Na comparação com dezembro de 2019, houve avanço de 10,04% no valor médio diário exportado, ganho de 17,50% na quantidade média diária e baixa de 6,35% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo seguiu em R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,90. No interior do estado a cotação recuou de R$ 7,50 para R$ 7,40.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,40. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 7,50 para R$ 7,20. No Paraná o quilo vivo caiu de R$ 7,50 para R$ 7,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração continuou em R$ 7,00, enquanto em Campo Grande o preço recuou de R$ 7,00 para R$ 6,60. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 6,70 para R$ 6,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno se manteve em R$ 6,80. No mercado independente mineiro, o preço continuou em R$ 6,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado permaneceu em R$ 6,00. Já em Rondonópolis a cotação diminuiu de R$ 6,90 para R$ 6,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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