Oferta e escalas curtas mantiveram preços do boi em alta em agosto

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     Porto Alegre, 28 de agosto de 2020 – O mercado físico de boi gordo registrou novas altas nos preços ao longo da semana e do mês de agosto. “O ambiente de negócios ainda sugere a continuidade deste movimento no curto prazo”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    Conforme Iglesias, a oferta de animais terminados, pronto para o abate, segue restrita em grande parte do país e, com isso, o processo de redução do spread entre os preços praticados em São Paulo e nas demais praças comercializadoras tem seguimento. “Os frigoríficos vão se deparando com grande dificuldade para alongar suas escalas de abate”, assinalou.

    Segundo ele, outro aspecto que precisa ser considerado é o ótimo fluxo de embarques de carne bovina em 2020, com a China importando volumes bastante substanciais de proteína animal brasileira.    

     No mercado atacadista, os preços da carne bovina também permaneceram firmes. Conforme Iglesias, as indicações são de que haverá uma retomada do movimento de alta nos preços na virada de agosto para setembro, avaliando a entrada da massa salarial na economia como um motivador do consumo.

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 492,848 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ 32,856 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 122,962 mil toneladas, com média diária de 8,197 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.008,10.

    Na comparação com agosto de 2019, houve ganho de 28,18% no valor médio diário, alta de 33,49% na quantidade média diária e queda de 3,97% no preço médio.

     Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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