Porto Alegre, 19 de junho de 2020 – Os cenários de oferta e demanda do trigo seguem influenciando os preços no mercado interno. O plantio no Paraná e no Rio Grande do Sul está atrasado na comparação com o ano passado. Na Argentina, os trabalhos estão adiantados. O quadro, porém, deve ser invertido no médio prazo, com boas projeções para o Brasil e previsões de clima desfavorável na Argentina.
Além disso, o dólar em alta segue aumentando os custos de importação do trigo. Isso fez com que os moinhos brasileiros reduzissem significativamente suas operações. Não há, porém, temores de desabastecimento.
Paraná
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que o plantio da safra 2020 de trigo do estado atinge 82% da área estimada de 1,090 milhão de hectares, contra 1,028 milhão de hectares em 2019, alta de 6%.
Segundo o Deral, 85% das lavouras estão em boas condições 12% em situação média e 3% em condições ruins. As lavouras se dividem entre as fases de germinação (7%), crescimento vegetativo (90%) e floração (3%).
Rio Grande do Sul
O plantio de trigo atinge 43% da área, estimada em 915.712 hectares. Na semana passada, os trabalhos atingiam 32%. Em igual período do ano passado, o implante cobria 50% da área. A média para os últimos cinco anos é de 49%. Todas as lavouras estão em fase de germinação ou desenvolvimento vegetativo.
Argentina
O plantio de trigo atinge 58,1% da área na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os trabalhos estão 8,5 pontos adiantados em relação ao ano passado. Os argentinos deverão semear 6,7 milhões de hectares. Até o momento, os trabalhos cobrem 3,89 milhões de hectares.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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