Oferta de frango cresce e pressiona cotações mesmo com boa demanda

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     Porto Alegre, 19 de novembro de 2021 – O mercado brasileiro de frango voltou a trabalhar com preços mais baixos ao longo da semana, tanto para o quilo vivo em alguns estados, quanto para os cortes negociados no atacado e distribuição, mesmo com o consumo se mostrando bastante efetivo. “O declínio pode ser atribuído ao ingresso de volumes de ofertas provenientes dos alojamentos, que foram elevados, superando a capacidade de demanda, tanto no cenário doméstico quanto na exportação”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

     A tendência para o curto prazo é de menores potenciais de reajustes nos preços do quilo vivo e dos cortes de frango, muito embora haja otimismo para as próximas semanas, com o ingresso da primeira parcela do décimo terceiro salário na economia. “A queda nos custos de nutrição animal ajuda a compensar esse movimento de recuo nos preços da proteína. Além disso, já se observa a retomada no movimento de alta dos preços do boi gordo e da carne bovina, o que pode favorecer a melhora no consumo de carne de frango”, sinaliza.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram queda para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O preço do quilo do peito baixou de R$ 9,65 para R$ 9,50, o quilo da coxa de R$ 7,75 para R$ 7,60 e o quilo da asa de R$ 10,05 para R$ 9,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,75 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 8,00 para R$ 7,80 e o quilo da asa de R$ 10,15 para R$ 9,80.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi retração nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,75 para R$ 9,70, o quilo da coxa em R$ 7,95 para R$ 7,70 e o quilo da asa de R$ 10,15 para R$ 9,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 9,85 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 8,10 para R$ 7,90 e o quilo da asa de R$ 10,25 para R$ 9,90.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 288,111 milhões em novembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 36,013 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 161,383 mil toneladas, com média diária de 20,173 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.785,30.

     Na comparação com novembro de 2020, houve alta de 67,65% no valor médio diário, ganho de 24,46% na quantidade média diária e avanço de 34,71% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,90. Em São Paulo o quilo recuou de R$ 5,80 para R$ 5,50.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,30. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 5,90 para R$ 5,85. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,60.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,90.

     Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 6,25 para R$ 6,15. No Ceará a cotação do quilo diminuiu de R$ 6,25 para R$ 6,15 e, no Pará, o quilo vivo mudou de R$ 6,40 para R$ 6,20.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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