Oferta contraída de boi gordo mantém preços em forte escalada

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    Porto Alegre, 19 de novembro de 2021 – Os preços do boi gordo dispararam nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece restrita, e segue como grande justificativa para o explosivo movimento de alta dos preços do boi gordo nas últimas semanas. “Em pouco mais de 20 dias, a arroba do boi gordo apresentou alta superior a R$ 60. Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis, em média”, assinalou Iglesias.

    Do ponto de vista da demanda, ainda é necessário observar com cautela algumas situações, disse o analista. “A primeira delas é que a China segue sem se posicionar em torno do recredenciamento da carne bovina brasileira. O segundo aspecto que precisa ser mencionado é a capacidade do mercado doméstico em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo, uma vez que a situação macroeconômica segue apontando para a continuidade das estratégias de migração da demanda para produtos mais acessíveis. No setor carnes, o frango segue como opção mais viável”, apontou.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 18 de novembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 300,00 na comparação com o dia 11, subindo 3,33%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 310,00 a arroba, contra R$ 300,00 (+3,33%).

* Goiânia (Goiás) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 285,00 (+5,26%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 310,00 a arroba, contra R$ 300,00 (+3,33%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 290,00 a arroba, contra R$ 260,00 a arroba (+11,5%).

Exportação

    As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 189,555 milhões em novembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 23,694 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 38,285 mil toneladas, com média diária de 4,785 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.951,10.

    Em relação a novembro de 2020, houve perda de 35,83% no valor médio diário da exportação, queda de 42,94% na quantidade média diária exportada e valorização de 12,46% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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