Oferta ampliada derruba preços do boi no Sudeste

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Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos ao longo da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, houve declínio das cotações no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, como consequência do avanço da oferta pela falta de chuva nessas regiões, levando a um desgaste das pastagens e a menor capacidade de retenção pelos pecuaristas. Os frigoríficos conseguiram ampliar bem as escalas de abate durante a semana, pressionando as cotações da arroba.

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 9 de maio:

* São Paulo (Capital) – R$ 228,00 a arroba, queda de 2,15% frente aos R$ 225,00 a arroba da semana passada.

* Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, inalterado na comparação com a semana anterior.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 228,00 a arroba, recuo de 0,87% frente ao encerramento da última semana, de R$ 230,00 a arroba.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 223,00 a arroba, baixa de 0,85% frente ao fechamento da última semana, de R$ 225,00.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 220,00 a arroba, estável frente à última semana.

* Rondônia (Vilhena) – R$ 190,00 a arroba, baixa de 1,04% frente aos R$ 192,00 registrados na semana passada.

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo da semana. O quarto traseiro do boi subiu 1,16%, passando de R$ 17,30 por quilo para R$ 17,50 por quilo. O quarto dianteiro do boi foi mantido em R$ 13,90.

Segundo Iglesias, a demanda vem se mostrando aquecida ao longo da primeira quinzena do mês, considerando que, além da entrada dos salários na economia, há também o adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, data comemorativa que representa o segundo melhor ponto de consumo em todo o ano.

Exportações

Em abril de 2024, o Brasil exportou 236.842 toneladas de carne bovina. Trata-se do maior volume já registrado nas exportações mensais do país. O faturamento foi de US$ 1,043 bilhão, cifra que também coloca o mês entre os melhores em resultados. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados e analisados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A China, com embarques de 101.031 toneladas, segue como principal mercado. Em faturamento, os números atingiram em abril US$ 454 milhões. O segundo maior comprador da carne bovina brasileira foram os Emirados Árabes, com 23.719 toneladas em abril. Em faturamento, as exportações somaram US$ 109,7 milhões no último mês. Já Hong Kong foi o terceiro maior parceiro do Brasil, importando 11.327 toneladas, com 38,9% de crescimento frente a março/2024, sendo a maior parte dos produtos, os miúdos bovinos.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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