Porto Alegre, 4 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína registrou uma semana de valorização nos preços, em meio à oferta interna ajustada e ao abate dos animais com pesos mais leves. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os negócios estiveram mais truncados, com granjeiros buscando correções nos preços e com frigoríficos relutantes, aguardando sinais de avanço na demanda doméstica, o que tende a acontecer nos próximos dias com a entrada de salários na economia.
Maia destaca que o alto preço da carne bovina pode vir a levar parte dos consumidores a optar pela carne suína, o que pode favorecer novos reajustes de preços no curto prazo. “Outro ponto que ajuda a manter a oferta ajustada no mercado doméstico é o forte ritmo de exportações, com a China bastante atuante nas compras. A expectativa é de que os embarques totais de carne suína possam ter ficado ao redor de 95 mil toneladas em agosto”, pontua.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 3,08% ao longo da semana, de R$ 6,43 para R$ 6,63. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 11,06 para R$ 11,46, aumento de 3,65%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,65, ante os R$ 10,33 praticados no encerramento de julho, com valorização de 3,15%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 196,091 milhões em agosto (21 dias úteis), com média diária de US$ 9,337 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 87,704 mil toneladas, com média diária de 4,176 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.235,80.
Na comparação com agosto de 2019, houve avanço de 88,27% no valor médio diário exportado, ganho de 87,5% na quantidade média diária e alta de 0,41% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 145,00 para R$ 150,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,50 para R$ 4,55. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,00 para R$ 7,10.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração aumentou de R$ 4,60 para R$ 4,70. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,20 para R$ 7,50 No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 7,10 para R$ 7,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo subiu de R$ 4,70 para R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração passou de R$ 4,70 para R$ 4,80, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 6,25 para R$ 6,60. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 7,50 para R$ 7,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 7,80 para R$ 8,20. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,90 para R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado avançou de R$ 4,60 para R$ 4,70. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 6,50 para R$ 6,70.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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