Porto Alegre, 18 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de suína registrou mais uma semana de elevação nos preços. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a oferta de animais continua ajustada frente à demanda dos frigoríficos, fator que leva os granjeiros a buscarem correções nos preços do suíno vivo.
Ele afirma, contudo, que o ambiente de negócios está acirrado. “As indústrias tentam barrar movimentos agressivos nos preços, avaliando que grandes repasses para a carne podem dificultar o escoamento no mercado doméstico no decorrer da segunda quinzena, período onde tipicamente as famílias estão menos capitalizadas”, comenta.
O alto custo de produção, devido ao preço do farelo de soja e do milho, também leva os produtores a pleitearem por altas. “Há um forte ritmo de exportações de carne suína, por conta dos volumes de compras dos chineses, o que ajuda a manter a disponibilidade enxuta. Além disso, os animais continuam leves em vários estados, o que também contribui para ajustes da oferta da carne”, pontua.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 0,71% ao longo da semana, de R$ 6,66 para R$ 6,71. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 11,87 para R$ 12,01, aumento de 1,20%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 11,10, ante os R$ 10,96 praticados na última semana, com valorização de 1,25%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 76,422 milhões em setembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 9,552 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 32,985 mil toneladas, com média diária de 4,123 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.316,80.
Na comparação com setembro de 2019, houve avanço de 54,35% no valor médio diário exportado, ganho de 54,61% na quantidade média diária e queda de 0,17% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo seguiu em R$ 152,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,55 para R$ 4,60. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,15 para R$ 7,20.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 4,70. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,60 para R$ 7,65. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 7,35 para R$ 7,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo passou de R$ 4,80 para R$ 4,90.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração se manteve em R$ 4,80, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 6,60. Em Goiânia, o preço seguiu em R$ 7,80. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno se manteve em R$ 8,30. No mercado independente mineiro, o preço prosseguiu em R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado continuou em R$ 4,70. Já em Rondonópolis a cotação seguiu em R$ 6,60.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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