Oferta ajustada de frango garante nova alta aos preços

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     Porto Alegre, 15 de julho de 2022 – A combinação de demanda aquecida e de oferta ajustada garantiu mais uma semana de valorização no mercado brasileiro de frango. “Houve reajustes no quilo vivo e nos cortes negociados no atacado e na distribuição”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

     A reposição ao longo da cadeia seguiu aquecida. Isso pode favorecer a continuidade do movimento de valorização dos preços no curto prazo para o quilo vivo.

     No mercado atacadista o cenário também tende a seguir positivo, uma vez que o quadro de disponibilidade de oferta segue enxuta a demanda doméstica aquecida. “O alto preço da concorrente carne bovina é um fator que tende a ajudar na demanda por cortes de frango”, sinaliza.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango subiram ao longo da semana. O preço do quilo do peito mudou de R$ 10,25 para R$ 10,50, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,70 e o quilo da asa de R$ 10,45 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 10,50 para R$ 10,75, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 7,90 e o quilo da asa seguiu em R$ 10,70.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também foi de reajustes. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 10,35 para R$ 10,60, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,80 e o quilo da asa de R$ 10,55 para R$ 10,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 10,60 para R$ 10,85, o quilo da coxa de R$ 7,90 para R$ 8,00 e o quilo da asa seguiu em R$ 10,80.

     Iglesias aponta ainda que as exportações seguem muito favoráveis, também contribuindo para projetar um desempenho bastante satisfatório ao longo de junho, tanto em termos de volume quanto de receita.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 277,781 milhões em julho (6 dias úteis), com média diária de US$ 46,296 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 121,442 mil toneladas, com média diária de 20,240 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.287,30.

     Em relação a julho de 2021, houve alta de 51,4% no valor médio diário, ganho de 13,9% na quantidade média diária e avanço de 33,0% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

    O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 6,30 para R$ 6,45. Em São Paulo o quilo mudou de R$ 6,00 para R$ 6,10.

     Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 5,00 para R$ 5,10. No oeste do Paraná o preço aumentou de R$ 5,60 para R$ 5,70. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo elevou-se de R$ 5,80 para R$ 5,90.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango avançou de R$ 6,25 para R$ 6,40. Em Goiás o quilo vivo passou de R$ 6,25 para R$ 6,40. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 6,30 para R$ 6,45.

     Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,50. No Ceará a cotação do quilo seguiu em R$ 6,00 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 6,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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