Com escalas de abate alongadas, frigoríficos continuam buscando preços mais baixos para a arroba do boi

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Porto Alegre, 19 de agosto de 2022 – O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos ao longo da terceira semana de agosto. Segundo avaliação da Consultoria SAFRAS & Mercado, a posição ainda confortável das escalas de abate permitiu que os frigoríficos sigam exercendo pressão sobre os pecuaristas.

“A entrada de animais negociados na modalidade à termo é outro aspecto que favorece a evolução das escalas de abate, tornando-as ainda mais confortáveis, principalmente entre os frigoríficos de maior porte. Enquanto as escalas de abate não diminuírem e acontecer o enxugamento dos estoques de carne parece pouco provável que haja espaço para alta consistente dos preços. Agora, é necessária atenção ao término do período de férias coletivas concedidas por muitos frigoríficos, um fator que acarretará mudanças regionais na formação dos preços”, enfatizou o analista Fernando Henrique Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 18 de agosto:

* São Paulo (Capital) – R$ 300,00 a arroba, estável na comparação com 11 de agosto. 

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 280,00 a arroba, contra R$ 285,00 (-1,75%).

* Goiânia (Goiás) – R$ 275,00 a arroba, contra R$ 285,00 (-3,5%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 280,00 a arroba, ante R$ 285,00 (-1,75%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 273,00 a arroba, ante R$ 285,00, recuo de 4,21%. 

Exportação

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 558,020 milhões em agosto (10 dias úteis), com média diária de US$ 55,802 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 88,806 mil toneladas, com média diária de 8,880 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.283,60.

Em relação a agosto de 2021, houve ganho de 19% no valor médio diário da exportação, alta de 7,6% na quantidade média diária exportada e valorização de 10,6% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

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     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS 

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