A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços mais altos.
Na máxima do dia, o contrato dezembro atingiu 317,60 centavos de dólar por libra-peso, com o mercado estando nos níveis mais elevados em quase dois meses. Porém, voltou a bater em resistências técnicas e não alcançou a máxima da sessão anterior, que foi de 320,30 centavos.
As cotações voltaram a subir diante de uma série de fatores, como destaca o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach. Ele lembra que a segunda-feira foi de intensa volatilidade, com as informações de geadas no Brasil, com rolagem de contratos de setembro para frente com a aproximação da expiração da posição, e com queda nos estoques certificados da bolsa.
Depois nesta terça-feira houve uma correção técnica. “Agora nesta quarta-feira, o mercado voltou a testar linhas importantes e não rompeu resistências, mostrando uma acomodação de alta”, apontou. Houve força técnica na recente alta, mas não venceu agora resistências, como a média de 100 períodos.
Barabach salienta que o mercado está numa transição com o final da colheita e o olhar já para a próxima safra brasileira de 2026, com as floradas chegando em breve. “Nessa transição, o mercado olha o cenário financeiro, o dólar, outras commodities, a questão dos estoques certificados e o tarifaço de Trump, fatores que interferem no curto prazo”, comentou.
O tarifaço segue garantindo sustentação aos preços no curto prazo. Compradores de café dos Estados Unidos começaram a solicitar o adiamento das importações de café brasileiro após a tarifa de 50% imposta pela Administração Trump sobre os produtos brasileiros, de acordo com relato do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). Segundo analistas, na ausência de um novo desastre, o café provavelmente atingiu seus preços mais altos, pelo menos por enquanto.
Eles explicaram que, embora a questão tarifária continue incomodando os comerciantes do mercado físico, ela impactará mais amplamente os prêmios e descontos para as variedades disponíveis no mercado físico e o cumprimento ou não dos contratos. Com informações da Reuters e Barchart.
Ao mesmo tempo, relatos de geadas leves e pontuais em algumas áreas de café brasileiras contribuem para o rally, embora a colheita da safra 2025 continue progredindo bem.
Os contratos com entrega em setembro/2025 fecharam a 319,60 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 4,45 centavos, ou de 1,4%. A posição dezembro/2025 fechou a 312,65 centavos, com elevação de 4,35 centavos, ou de 1,4%.
Lessandro Carvalho – lessandro@safras.com.br (Safras News)
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