Novo corte pode ser feito na safra de grãos de verão do Paraná – Deral

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     Porto Alegre, 6 de janeiro de 2022 – Em entrevista à Agência SAFRAS, o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Salatiel Turra, disse que novos cortes podem vir a ser feitos nas estimativas de produção da safra de verão do Paraná em razão dos efeitos da estiagem. O Deral é vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado (SEAB).

     Turra destacou que houve ajustes para baixo nos números no final de 2021, na comparação aos publicados no relatório mensal de dezembro, divulgado no último dia 22, por conta do agravamento da seca no Paraná. A medida visou auxiliar o governo paranaense na tomada de medidas contra a estiagem, como a decretação de emergência hídrica no estado.

     Após os ajustes, Turra informa que o feijão da primeira safra 2021/22 tem agora a estimativa de produção esperada em 168 mil toneladas, o que representa uma quebra de 39% frente ao volume inicialmente esperado pelo Departamento, de 275 mil toneladas. No relatório de dezembro, o Deral indicava uma produção de 247,4 mil toneladas de feijão primeira safra.

     Para o milho de verão, conforme Turra, o Deral estima atualmente que poderão ser colhidos 2,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 34% frente às 4,2 milhões de toneladas projetadas inicialmente. Em dezembro, o Deral havia estimado uma produção no estado de 3,681 milhões de toneladas.

     Na soja, o chefe do Deral sinaliza que a produção do estado em 2021/22 deve atingir 13,1 milhões de toneladas, 37% abaixo das 21 milhões de toneladas estimadas inicialmente pelo Deral. No relatório do mês passado, o Departamento indicava que o Paraná poderia colher 18,848 milhões de toneladas de soja.

     Turra ressalta que as novas projeções para a safra paranaense serão oficialmente publicadas no relatório de janeiro do Deral, previsto para ser divulgado no dia 27 de janeiro. “A depender da situação climática que poderá vir a ser registrada pelo estado nas próximas semanas, não está descartada, porém, uma redução ainda maior nos números”, conclui.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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