No aguardo do USDA, mercado de milho deve ter lentidão no Brasil

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     Porto Alegre, 9 de dezembro de 2021 – O mercado brasileiro de milho deve registrar negócios lentos nesta quinta-feira, com as atenções voltadas para o relatório de dezembro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O clima seco no Rio Grande do Sul deve ajudar a sustentar os preços no país. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera com estabilidade, aguardando os dados do USDA.

     O mercado brasileiro de milho apresentou preços estáveis nesta quarta-feira. O ritmo também foi calmo na comercialização. Segue a apreensão com o clima no Rio Grande do Sul, com a falta de chuvas dando suporte aos preços. A queda do dólar pressionou os preços para baixo nos portos. Mas, no geral, reduziu a pressão de venda dos produtores.

     No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 87,50 a R$ 92,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,50/91,00.

    No Paraná, a cotação ficou em R$ 86,00/90,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 87,00/90,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 93,00/94,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 92,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 83,00/85,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 78,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

CONAB

     A produção brasileira de milho deverá totalizar 117,181 milhões de toneladas na temporada 2021/22, com avanço de 34,6% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 87,049 milhões de toneladas. A projeção faz parte do terceiro levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

     A Conab trabalha com uma área de 20,939 milhões de hectares, com alta de 5,1% sobre o ano anterior.

     A produtividade está estimada em 5.596 quilos por hectare, com ganho de 28,1% sobre a temporada anterior.

     A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 29,066 milhões de toneladas, com alta de 17,6% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 24,722 milhões de toneladas.

     A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 86,259 milhões de toneladas, 42% acima das 60,74 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A terceira safra está estimada em 1,856 milhão de toneladas, avanço de 17% sobre a temporada anterior, de 1,586 milhão de toneladas.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em março de 2022 operam cotados a US$ 5,87 1/4 por bushel, estáveis em relação ao fechamento anterior.

* Os agentes aguardam o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira, às 14h (horário de Brasília). Antes, às 10h30, saem as exportações semanais norte-americanas. Analistas esperam entre 600 mil e 1,4 milhão de toneladas.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o Departamento irá apontar os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americana em 1,485 bilhão de bushels, aquém dos 1,493 bilhão de bushels indicados em novembro.

* Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 304,2 milhões de toneladas, abaixo das 304,4 milhões de toneladas previstas em novembro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2020/21 sejam apontados em 291,7 milhões de toneladas, aquém frente às 291,9 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

* Ontem (8), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 5,87 1/4, com alta de 1,25 centavo, ou 0,21%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,16% a R$ 5,526. O Dollar Index registra alta de 0,25% a 96,13 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,98%. Tóquio, -0,47%.

* As principais bolsas na Europa registram índices fracos. Paris, -0,60%. Londres, -0,18%.

* O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 71,95 o barril (-0,6%).

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Relatório de dezembro para oferta e demanda mundial e norte-americana – USDA, 14hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (10/12)

– Japão: O índice de preços ao produtor de novembro será publicado na noite anterior pelo Banco do Japão (BoJ).

– Alemanha: A versão revisada do índice de preços ao consumidor de novembro será publicada às 4h pelo Destatis.

– Reino Unido: A balança comercial de outubro será publicada às 6h30 pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A produção industrial de outubro será publicada às 6h30 pelo departamento de estatísticas.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referentes a novembro.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a novembro.

– Levantamentos semanal sobre o desenvolvimento das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– EUA: O índice de preços ao consumidor de novembro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução do plantio de soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da

tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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