Nível de oferta permanece equilibrado, sustentando preços da carne suína

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Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados para o vivo e levemente mais altos no atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a reposição entre atacado e varejo está evoluindo bem na quinzena, diante da expectativa de consumo aquecido na ponta final, considerando a capitalização das famílias.

De acordo com Iglesias, um ponto que merece atenção é a situação da carne bovina no país, que vem patinando devido a oferta elevada, fator que pode impactar a atratividade da carne frango, assim como a decisão de escolha da população.

“O dólar mais forte, que chegou a trabalhar na casa dos R$ 5,40 no dia, é fator que torna a carne de frango brasileira mais atrativa no mercado internacional. O alto fluxo de exportações é fundamental para o ajuste da disponibilidade doméstica”, afirmou o analista.

Em relação ao mercado do frango vivo, a semana prosseguiu apresentando preços acomodados. Os negócios seguem ocorrendo com boa fluidez, com avanço da reposição ao longo da cadeia, mas sem abertura para reajustes.

Iglesias pontuou que o setor deve prestar atenção no nível do alojamento de pintainho, fundamental para a formação de preços. “O custo de produção também é ponto que o mercado deve se atentar, considerando a forte valorização do dólar ocorrido nos últimos dias”, ressaltou.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,55 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,65 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 10,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,65 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 9,75 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 10,30 para R$ 10,40.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 4,80.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços continuaram em R$ 4,70.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,80.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 205,192 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 41,038 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 118,873 mil toneladas, com média diária de 23,774 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.7261,10.

Em relação a junho de 2023, houve alta de 3,6% no valor médio diário, avanço de 19,2% na quantidade média diária e recuo de 13,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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