Negócios perdem ritmo no Brasil, mas preço do suíno oscila pouco

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    Porto Alegre, 20 de março de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína registrou uma semana de movimentação lenta entre o atacado e a reposição, mas os preços não chegaram a apresentar grandes oscilações. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a expectativa é de que este cenário de movimentação seja mantido no restante da quinzena.

    Maia sinaliza que há uma certa apreensão em torno do comportamento da demanda nas próximas semanas, com o aprofundamento da crise do coronavírus, o que tem levado ao fechamento de parte do comércio, do setor público, de escolas e outros setores no país. “De maneira geral, a disponibilidade continua ajustada, o que deve garantir a sustentação das cotações no curto prazo”, pontua.

    Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 5,13 para R$ 5,15, alta de 0,41%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado se manteve em R$ 9,09. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,47, aumento de 0,15% ante os R$ 8,46 praticados na semana anterior.

    No mercado internacional, Maia informa que há relatos de problemas de logística e de escoamento da carne suína da Espanha para a China, devido à falta de contêineres nos portos. Entretanto, a China começa a retomar suas atividades após mitigar os efeitos do coronavírus e deve intensificar suas importações devido ao desabastecimento em algumas províncias. “Com a Espanha e outros países da Europa travados, as compras chinesas tendem a ser direcionadas para o Brasil e Estados Unidos. A forte desvalorização do real frente ao dólar é outro ponto que tende a favorecer os negócios com o país asiático”, sinaliza.

    As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 73,7 milhões em março (10 dias úteis), com média diária de US$ 7,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 29,7 mil toneladas, com média diária de 3,0 mil toneladas. O

 preço médio ficou em US$ 2.482,50. Em relação a fevereiro, houve perda de 7,4% na receita média diária, queda de 8,0% no volume diário e avanço de 0,7% no preço. Na comparação com março de 2019, houve aumento de 44,8% no valor médio diário exportado, ganho de 19,0% na quantidade média diária e elevação de 21,6% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

    A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 110,00 para R$ 111,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,25. No interior do estado a cotação subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50.  Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 4,30. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 5,55 para R$ 5,60. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 5,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo  vivo continuou em R$ 4,60.

    No Mato Grosso do Sul a cotação na integração seguiu em R$ 4,30, enquanto em Campo Grande o preço continuou em R$ 4,75. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 5,70 para R$ 5,75. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno permaneceu em R$ 5,90. No mercado independente mineiro, o preço também continuou em R$ 5,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis cedeu de R$ 4,60 para R$ 4,55. Já na integração do estado a cotação continuou em R$ 4,15.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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