Negócios nas praças de comercialização do algodão foram pontuais

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     Porto Alegre, 17 de maio de 2024 – Na última semana, o mercado doméstico de algodão andou descolado dos referenciais externos. No acumulado da semana, a Bolsa de Nova York apresentou desvalorização para a pluma, enquanto os preços internos subiram. Os negócios nas praças de comercialização de algodão têm sido pontuais e acabam direcionando as cotações, informou a Safras Consultoria.

     Na quinta-feira (16), por exemplo, a posição Julho/24, com maior número de contratos em aberto, fechou com alta em relação a sessão anterior. Porém, a base compradora não acompanhou, pois o interesse de negociar foi menor e o valor pago pelo algodão colocado no polo industrial de São Paulo ficou em torno de R$ 3,87/libra-peso sem ICMS. Em relação a quinta passada (09), o valor ficou valorizado em 0,78%, pois o algodão trocava de mãos a R$ 3,84/libra-peso. E, do dia 9 até o dia 16, a posição julho/24 em Nova York recuou 3%.

     No FOB exportação de Santos, o algodão encerrou esta quinta (16) a 72,78 centavos de dólar ante 72,04 centavos de dólar/libra-peso da semana passada. A indicação do prêmio pago pelo algodão brasileiro contra o contrato Julho/24 na Bolsa de Nova York ficou em -3,46 centavos/libra-peso. Há uma semana era -6,56 centavos/libra-peso.

Safra 2023/24 de algodão em pluma – Conab

     A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2023/24 está estimada em 3,643 milhões de toneladas, aumento de 14,8% na comparação com as 3,173 milhões de toneladas indicadas na safra 2022/23. Os números fazem parte do 8o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023/24, divulgado hoje.

     A produtividade das lavouras está estimada em 1.876 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.907 quilos por hectare na temporada 2022/23. A área plantada com algodão na temporada 2023/24 está estimada em 1,941 milhão de hectares, elevação de 16,7% na comparação com os 1,663 milhão de hectares da safra passada.

     O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 2,638,8 milhões de toneladas, número que representa um avanço de 17,2% ante 2022/23, quando foram produzidas 2,251,5 milhões de toneladas.

     A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 669,0 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 6,8% sobre 2022/23 (626,2 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2023/24 de 56,5 mil toneladas, um avanço de 8,7% sobre 2022/23 (52 mil toneladas).

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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