Negociações e demanda do mercado de feijão desaceleram pós-feriado de Carnaval

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de feijão manteve um ritmo muito lento de negociações nesta semana, devido ao feriado de Carnaval. Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Vianna, a demanda por parte de compradores apresentou algumas recuperações desde o início do mês de fevereiro.

Vianna relatou que as cotações subiram na quarta-feira, com compradores que necessitavam repor estoques entrando mais fortemente no mercado para garantir seus volumes. Ao mesmo tempo, o feijão preto voltou a ser mais oferecido por produtores após seguidas sessões com oferta muito limitada e preços elevados pela menor disponibilidade.

“O mercado contou com poucos volumes negociados devido a demanda ainda retraída, com o feriado de Carnaval encurtando a semana e empurrando maiores volumes de negociação para os próximos dias”, afirmou o analista. Ele completou dizendo que os preços devem apresentar leves elevações pela volta de compradores ao mercado e a baixa disponibilidade de grãos de qualidade.

Colheita nacional

A colheita da 1a safra 2023/24 de feijão atingiu 34,3% da área no Brasil, com dados até 10 de fevereiro, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na semana passada a colheita atingia 28,9%. No mesmo período do ano passado a ceifa estava completa em 45,5% da área.

O plantio da 1a safra 2023/24 de feijão atingiu 93,8% da área no Brasil, segundo a Conab, com dados até 10 de fevereiro. Na semana passada a semeadura atingia 90,5%. No mesmo período do ano passado, a semeadura atingia 100% da área.

Rio Grande do Sul

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o feijão de 1 safra segue apresentando desenvolvimento satisfatório e mantendo a expectativa de rendimento, estimada no momento da semeadura. As lavouras se encontram nas fases de floração e formação de vagens.

Na de Santa Maria, aproximadamente 90% das lavouras da 1 safra de feijão já foram colhidas. Os produtores intensificaram os tratos culturais para controle de doenças fúngicas, visando à manutenção da produtividade.

Na de Ijuí, o feijão de 1 safra está em final de colheita. A semeadura da 2 safra teve avanço significativo. Embora o solo apresente baixa umidade, as lavouras têm estabelecimento considerado regular.

Já em Soledade, o baixo teor de umidade do solo impede avanços na semeadura da 2 safra de feijão. O plantio das lavouras atingiu 60%. As áreas semeadas apresentam bom estabelecimento, emergência e arranque inicial de plantas. Apesar do período de restrição hídrica e do tempo quente, o quadro é de normalidade.

Em Frederico Westphalen, a colheita das lavouras da 1 safra alcança 93% das áreas. Restam ainda 2% em enchimento de grãos e 5% em maturação. A cultura foi beneficiada pelas condições climáticas que, associadas ao manejo realizado pelos agricultores (controle de pragas e doenças e adubação nitrogenada), proporcionam produtividades satisfatórias. As informações são do boletim semanal da Emater/RS.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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