Porto Alegre, 11 de julho de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços com preços mais altos. À espera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os agentes seguem atentos ao clima no cinturão produtor americano.
A previsão é de clima seco e quente para a parte final do mês. Apesar da melhora das condições, vieram abaixo do esperado por analistas.
O USDA divulgou ontem dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 9 de julho, 51% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 52%), 34% em situação regular e 15% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 50%, 35% e 15%, respectivamente.
O Departamento deverá reduzir as suas estimativas para a safra e estoques de soja americanos no relatório de julho. Os números serão divulgados na quarta, 13h. Para a temporada 2022/23, a estimativa para os estoques americanos é de elevação.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 235 milhões de bushels em 2022/23. Em junho, a previsão ficou em 230 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 206 milhões de bushels. Em junho, o número era de 350 milhões.
A safra americana deverá ser indicada em 4,250 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,510 bilhões apontados em junho. No ano passado, a safra ficou em 4,276 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,3 milhões de toneladas, mantendo o número de junho. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 120,4 milhões, abaixo dos 123,3 milhões de junho.
O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 25 milhões para 23,6 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 156 milhões para 156,2 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 16,00 centavos ou 1,09% a US$ 14,71 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,60 1/4 por bushel, com perda de 14,75 centavos de dólar ou 1,09%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com ganho de US$ 10,40 ou 2,56% a US$ 416,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 64,63 centavos de dólar, com baixa de 0,70 centavo ou 1,07%.
Acompanhe a Agência Safras no nosso site. Siga-nos também no Instagram, Twitter e SAFRAS TV e fique por dentro das principais notícias do agronegócio!
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2023 – Grupo CMA