Milho tem foco no clima para safrinha, mas oferta melhora

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     Porto Alegre, 20 de março de 2020 – O mercado brasileiro de milho encerra a semana com um interesse crescente de venda por parte dos produtores. E isso já se refletiu nos preços em algumas praças, que interromperam um processo de avanço e até apresentaram declínios. Porém, a apreensão com o clima para a safrinha, com falta de chuvas em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e partes de São Paulo, garante sustentação às cotações.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Moinari, as notícias da pandemia do coronavírus trazem preocupações em torno da demanda, do fluxo e logística de comercialização de milho, e o produtor acaba aproveitando as recentes altas para vender um pouco mais. Assim, a oferta melhorou nesta quinta-feira e as cotações foram pressionadas e até recuaram em algumas praças.

     Entretanto, o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, ressalta que há graves problemas com a safrinha. “As chuvas da semana não resolveram o problema na maior parte destas regiões”, ressaltou Molinari. Assim, considera que a situação ainda é “cômoda” para o suporte aos preços do cereal.

     No balanço da semana, o milho na base de venda em Campinas/CIF subiu de R$ 60,50 para R$ 62,00 a saca de 60 quilos, acumulando alta no comparativo de R$ 2,5%. Na mogiana paulista a cotação passou de R$ 57,50 para R$ 59,00 a saca, aumento de 2,6%.

     Já em Cascavel, no Paraná, o preço do milho na semana recuou de R$ 51,00 para R$ 50,00 a saca, baixa de 2%. Em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação avançou na semana na base de venda de R$ 51,00 para R$ 52,00 a saca, alta de 2,9%.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, o milho permaneceu estável no comparativo semanal, ficando em R$ 54,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o cereal baixou 7,4%, passando de R$ 54,00 para R$ 50,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o milho subiu de R$ 46,00 para R$ 48,00, com elevação de 4,3%.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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