Milho segue recuando gradualmente com menor liquidez no Brasil

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     Porto Alegre, 24 de abril de 2020 – O mercado brasileiro de milho manteve o quadro visto na semana anterior e seguiu registrando quedas nas cotações nos últimos dias. Nesta quinta-feira, o mercado teve o suporte um pouco melhor pela alta do dólar, o que sustenta as cotações, primeiramente, nos portos, mas também afeta o preço doméstico.

     Entretanto, em linhas gerais, gradualmente as cotações do milho vão sendo pressionadas no país pelo aumento da oferta combinado com uma demanda prejudicada. A liquidez cai nas principais praças com as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus e isso impacta o movimento de compra do milho.

     A manutenção das altas do dólar, com recorde atrás de recorde sendo batido para a moeda americana, pode manter a sustentação aos preços do milho nos portos e também influenciar as cotações no mercado doméstico. Porém, a liquidez fraca no mercado, com interesse comprador diminuído, pode manter os preços sob pressão.

     Assim, no balanço da semana, o milho na base de venda em Campinas/CIF caiu de R$ 54,00 para R$ 51,00 a saca de 60 quilos. Na mogiana paulista a cotação passou de R$ 52,00 para R$ 48,00 a saca.

     Já em Cascavel, no Paraná, o preço do milho na semana passou de R$ 48,00 para R$ 46,00 a saca. Em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação baixou na semana na base de venda de R$ 50,00 para R$ 49,00 a saca.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, o milho recuou de R$ 48,00 para R$ 45,00. Em Rio Verde, Goiás, o cereal caiu de R$ 46,00 para R$ 45,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o milho baixou de R$ 45,00 para R$ 44,00.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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