Mesmo em período de fraca demanda, ambiente segue sugerindo alta dos preços do frango no curto prazo

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Reprodução: Imagem Pixabay/Ralphs_Fotos

Porto Alegre, 18 de outubro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais altos, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, ainda há possibilidade de avanço das cotações no curto prazo.

Segundo o analista, os custos de nutrição animal ainda preocupam, considerando o recente comportamento do milho no mercado doméstico. As exportações se recuperaram de maneira contundente em setembro, sinal de que o mercado brasileiro já superou a questão de biosseguridade que afetou o Rio Grande do Sul.

No mercado atacadista, Iglesias explica que o quadro é de preços firmes no decorrer da semana, com o ambiente de negócios ainda sugerindo uma elevação das cotações no curto prazo, mesmo em um período em que a demanda não é tão interessante.

“Este movimento é consequência do recente comportamento dos preços da carne bovina, ampliando a competitividade das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, que conta com menor valor agregado se comparado as demais proteínas”, pontuou. “As exportações permanecem agressivas e, mesmo diante do sobressalto causado no Rio Grande do Sul durante a atual temporada, o Brasil caminha para um recorde histórico”, concluiu.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,60, o quilo da coxa subiu de R$ 7,80 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 12,00 para R$ 12,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 10,80, o quilo da coxa aumentou de R$ 8,00 para R$ 8,20 e o quilo da asa de R$ 12,20 para R$ 12,75.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudança nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,70, o quilo da coxa teve avanço de R$ 7,90 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 12,10 para R$ 12,85. Na distribuição, o preço do peito continuou em R$ 10,90, o quilo da coxa teve elevação de R$ 8,10 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 12,30 para R$ 12,85.

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,40 e, em São Paulo, em R$ 5,50.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou R$ 5,35, em Goiás em R$ 5,35 e, no Distrito Federal, em R$ 5,40. Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 6,90, no Ceará em R$ 6,90 e, no Pará, em R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 353,175 milhões em outubro (9 dias úteis), com média diária de US$ 39,241 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 180,943 mil toneladas, com média diária de 20,104 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.951,9.

Em relação a outubro de 2023, houve avanço de 24,5% no valor médio diário, alta de 12,8% na quantidade média diária e avanço de 10,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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