Porto alegre, 8 de outubro de 2021 – As recentes altas do dólar mantém cara a importação do trigo pelo Brasil. Assim, mesmo com o avanço da colheita, os preços se sustentem em alta.
Paraná
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita da safra 2020/21 atinge 58% da área estimada de 1,210 milhão de hectares, contra 1,136 milhão de hectares em 2019, alta de 6%.
Conforme o Deral, 77% das lavouras estão em boas condições, 20% em situação média e 3% ruins. As lavouras se dividem entre as fases floração (5%), frutificação (35%) e maturação (60%). Na semana passada, a colheita estava em 36% e as lavouras estavam em desenvolvimento vegetativo (1%), floração (8%), frutificação (29%) e maturação (62%), com 68% em boas condições, 28% em situação média e 4% ruins. No mesmo período do ano passado, 63% da área já havia sido colhida.
A safra 2021 de trigo do Paraná deve registrar uma produção de 3,528 milhões de toneladas, 11% acima das 3,190 milhões de toneladas colhidas na temporada 2020. A produtividade média é estimada em 2.943 quilos por hectare, acima dos 2.824 quilos por hectare registrados na temporada 2020.
Rio Grande do Sul
Segundo a Emater/RS, a colheita do trigo atinge 3% da área no Rio Grande do Sul. Em igual momento do ano passado, os trabalhos atingiam 7%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 3%. O desenvolvimento das lavouras está atrasado. Recentemente, o clima adversou provocou danos pontuais em lavouras e atrapalhou o avanço da colheita.
Argentina
Algumas lavouras de trigo no centro e no sul da Argentina foram atingidas por geadas na última semana. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, as intensidades foram variadas e podem afetar as plantas com desenvolvimento mais avançado. Já no norte do país, o aumento das temperaturas prejudica a cultura perto do final do ciclo. Algumas regiões já registram colheita com rendimentos irregulares.
Atualmente, 41% das lavouras argentinas estão com déficit hídrico, contra 34% na semana passada e 48% em igual momento de 2020. As plantas se dividem entre boas (44%), normais (30%) e ruins (26%).
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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