Porto Alegre, 3 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de trigo encerrou abril com altas expressivas nas cotações. No mercado paranaense, os ganhos acumulados em relação ao fechamento do mês anterior foram de 7,7%. No gaúcho, chegaram a quase 10%.
Conforme o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento, essa recuperação se explica pela mudança de patamares das principais variáveis formadoras de preços no Brasil.
Nas Bolsas norte-americanas, os ganhos mensais foram de 4,5% em Chicago (trigo soft) e de 6,8% em Kansas (hard). No FOB do Mar Negro, o cereal mais acessível do mundo, o ucraniano acumulou ganhos de 7% em abril. No maior exportador global e que possui o segundo valor mais competitivo, a Rússia, a elevação foi de 3%.
“A alta mais sentida no Brasil, contudo, foi a do trigo argentino, com ganhos mensais de 7%”, destaca Bento. Para completar, no mercado cambial, a moeda norte-americana fechou o mês próxima a R$ 5,20 (+3,4%). Esse último fator potencializou as altas verificadas nas cotações internacionais.
No Rio Grande do Sul, o cereal chegou a trocar de mãos por até R$ 1.350/tonelada (grão com bom padrão de qualidade). Os últimos negócios do mês saíram por volta de R$ 1.300/tonelada. No mercado paranaense, houve negócio a R$ 1.350/tonelada no FOB neste final de abril.
Na Argentina, final do mês com a base de compra spot (nominal) fechando entre US$ 240/245 a tonelada para cereal com 12% de proteína. A paridade de importação no FOB interior do Paraná ficou em R$ 1.403/tonelada e do Rio Grande do Sul em R$ 1.390/tonelada. Embarques futuros para junho/julho em UP River (11,5% de proteína) com indicação de compra a US$ 240/t e de venda a US$ 258/t. Em Necochea e Baia Blanca, também para junho/julho, vendedores a US$ 245/250/t. Safra nova com indicação de compra a US$ 225/tonelada par dezembro/24.
Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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