Mercado tem queda expressiva, com evolução insatisfatória de escoamento da carne suína

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Porto Alegre, 24 de março de 2023 – A semana teve queda expressiva tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o escoamento da carne segue evoluindo de maneira insatisfatória, com queda dos principais cortes do atacado. “Isso leva os frigoríficos a atuarem de maneira retraída nas negociações, principalmente em relação a preços”.

De acordo com o analista, o tom de preocupação entre os suinocultores está aumentando, por conta do poder de barganha reduzido e margens deterioradas. “O ponto positivo é que o farelo de soja e o milho estão apontando para queda neste momento, amenizando um pouco a situação”, explicou.

Ao longo das próximas semanas, Maia diz que o mercado deve prestar atenção ao fluxo de exportações e às notícias vindas da China. “Vale pontuar que a suinocultura chinesa está em crise neste momento devido a excedente de oferta, resultado do forte avanço produtivo”, pontua o analista. “As notícias de PSA não passam de rumores até este momento, não confirmados pelo governo chinês e nem pela Organização Mundial de Sanidade Animal”, complementa.

Além disso, o analista finaliza dizendo que a expectativa é que o consumo na ponta final e a reposição entre atacado e varejo apresentem alguma melhora na primeira quinzena de abril.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 5,59% na semana, passando de R$ 6,73 para R$ 6,35. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu de R$ 11,63 para R$ 11,00, retração de 5,41%. A carcaça teve desvalorização de 5,41%, passando de R$ 10,52 para R$ 9,95.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba da carne suína em São Paulo teve baixa de R$ 144,00 para R$ 132,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,80. No interior do estado, houve recuo de R$ 7,05 para R$ 6,70.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação teve baixa de R$ 7,00 para R$ 6,65. No Paraná, o quilo vivo teve declínio de R$ 7,00 para R$ 6,65 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 6,75 para R$ 6,15 e na integração seguiu em R$ 5,70. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 7,50 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno caiu de R$ 7,70 para R$ 6,80. No mercado independente o preço retraiu de R$ 7,80 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve baixa de R$ 6,70 para R$ 6,20. Já na integração do estado, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 143,006 milhões em março (13 dias úteis), com média diária de US$ 11 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 59,285 mil toneladas, com média diária de 4,560 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.412,20.

Em relação a março de 2022, houve alta de 38,9% no valor médio diário, ganho de 23,4% na quantidade média diária e avanço de 12,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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