Porto Alegre, 3 de setembro de 2021 – O mercado brasileiro de suínos registrou maior atratividade frente às concorrentes em agosto, muito embora isso não tenha sido suficiente para garantir suporte aos preços.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a primeira metade do mês foi marcada por preços firmes, muito embora o cenário tenha se invertido na segunda quinzena, com uma atuação mais comedida dos frigoríficos nas negociações envolvendo animais para abate. “O alento é que o mercado deve contar nos próximos dias com a entrada da massa salarial na economia, o que pode ajudar a recuperar a demanda, pelo menos no curto prazo”, sinaliza.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 7,60%, de R$ 6,32 no dia 2 de agosto, para R$ 5,84 ontem (2) Na mesma base de comparação, a média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado retrocedeu 3,58%, de R$ 11,59 para R$ 11,17. A carcaça registrou ontem um valor médio de R$ 9,08, retração de 8,56% frente ao valor registrado no dia 2 de agosto, de R$ 9,93.
Maia sinaliza que a exportação brasileira de carne suína desacelerou na quarta semana de agosto, mas, de forma geral, o volume registrado no mês deve fechar com um bom desempenho, próximo de 90 mil toneladas, considerando a soma de embarques de produtos industrializados e in natura.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 196,103 milhões em agosto (22 dias úteis), com média diária de US$ 8,913 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 81,601 mil toneladas, com média diária de 3,709 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.403,20.
Em relação a agosto de 2020, houve baixa de 4,54% no valor médio diário da exportação, perda de 11,19% na quantidade média diária exportada e valorização de 7,49% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 135,00 para R$ 115,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo cai de R$ 5,70 para R$ 5,65. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,60 para R$ 5,80.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 6,60 para R$ 5,90. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,50 para R$ 5,90 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo baixou de R$ 5,70 para R$ 5,60.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande caiu de R$ 5,80 para R$ 5,50, enquanto na integração o preço retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,45. Em Goiânia, o preço retrocedeu de R$ 6,90 para R$ 6,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno baixou de R$ 7,00 para R$ 6,40. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 7,20 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis mudou de R$ 5,70 para R$ 5,30. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,70.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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